sábado, 22 de março de 2014

A QUEDA DOS DESPERTOS - The fall of the Awakened ones


 Depois de despertar pode-se voltar a dormir novamente? Como explicar os “deslizes” ou “cochilos” de alguns supostos Despertos? Será verdade que uma vez lá- ninguém volta? E o que isso
tem  a ver com cada um de nós? Venha comigo nessa jornada investigativa  onde a verdade talvez esteja muito além de todas as certezas e crenças.  Você teria coragem de enfrentar a verdade mesmo que isso significasse contrariar muita coisa em  que você acredita? Se a resposta for afirmativa, então você está preparado para o próximo estágio.

               Esse artigo não é para iniciantes- eles dificilmente me entenderiam. Dirijo-me àqueles que já pelejam na senda da meditação e do auto-conhecimento há um bom tempo. Aos iniciantes, chegará o momento certo para enfrentar as duras verdades que exponho ao longo desse artigo. Mas aos que já são mergulhadores experientes , que já tiveram a benção de acordar- mesmo que momentaneamente- esse artigo poderá ser útil e libertador. O objetivo aqui não é apenas destruir ou abalar, mas também edificar. Sem a destruição do velho, o novo não nasce. Os que não estão preparados haverão de ficar confusos. Alguns, talvez, não entendam nada. Outros desprezarão e rejeitarão tudo o que está exposto aqui- talvez como uma atitude de auto-defesa e proteção . Mas alguns haverão de encontrar nessas inquietações o reflexo de suas próprias- e perceberão- que assim como eles, muita gente já passou pelos altos e baixos  da longa jornada do despertar da consciência.

               Os críticos dirão que não tenho autoridade para falar desse assunto. Por isso gosto de citar outros textos que confirmam ou compartilham das mesmas impressões. Mas- especificamente nesse assunto- eu vivi algo de forma direta. E isso não é privilégio meu. Quem nunca se sentiu pleno de paz , luz e sabedoria? Quem não sentiu, pelo menos uma vez, sua mente totalmente alerta por um bom tempo? Quem nunca sentiu momentos de profunda paz e amor ? Quem nunca sentiu-se num estado  diferenciado de consciência com a clara sensação de ter “despertado” ? Mas, da mesma forma, quem não passou pela experiência de ver tudo isso diminuindo ou enfraquecendo até  a mente voltar ao seu estado normal de semi-inconsciência e sono?  E uma terrível sensação de querer voltar para aquele estado especial de consciência- sem conseguir? Não seria isso uma espécie de queda?

               A história da queda dos anjos pode não ser apenas um mito fantasioso ocorrido em alguma dimensão de um passado indeterminado. Pode ser a expressão de uma verdade que está sempre acontecendo- em todos os lugares- e a todo momento. Quando Adão e Eva foram expulsos do paraíso por terem provado da fruta do bem e do mal- isso também representa a queda da consciência humana - que desce do estado de bem-aventurança e união divina- para o mundo mental da dualidade dos sentidos, onde impera o sofrimento e a ilusão da separação.

               O Caibalion assevera o princípio áureo, presente em todos os tempos e reafirmado por todos os grandes mestres e sábios: “assim como em cima, embaixo”. A queda dos anjos e a saída do paraíso não são eventos históricos. É a representação simbólica de uma verdade profunda que pode ser  compreendida por cada um, de acordo com o seu próprio nível de entendimento. Aos viajantes da alma, ela aponta a possibilidade da consciência bem-aventurada descer do seu estado de percepção divina, perdendo, assim,  o contato com o paraíso interior para o mundo de Maya- ilusão. Será isso possível? Veja o que Sri. Yuktéswar, mestre de Paramahansa Yogananda, disse-lhe em seu primeiro encontro com o amado discípulo :

“Se algum dia você assistir à minha queda do estado de percepção de Deus, por favor, prometa-me colocar minha cabeça em seu colo e ajudar-me a voltar ao Amado Cósmico que ambos adoramos”

Buda disse: “Podeis elevar vosso destino à maior altura do que o de Indra ou rebaixá-lo mais do que o da larva; o que sobe pode cair; o que cai pode subir; os raios da roda não param de girar.”

               E a grande questão que fica é : se a consciência pode afastar-se da percepção da Verdade, voltando a distrair-se com os atrativos da mente e dos sentidos- então isso pode acontecer a qualquer um, não? Talvez isso explique as atitudes e os eventos lamentáveis relacionados à vida de alguns mestres famosos como, por exemplo, Gurdjieff , Osho , Maharishi Mahesh Iogue, Swami Rama, Satya Sai Baba dentre outros. Se até  estes caíram- isso implica dizer que qualquer um está sujeito a quedas e desvios. Esse é um assunto pouco explorado pela literatura espiritualista. Talvez por ser  de difícil aceitação. 

              A mente, em seu movimento natural de autoproteção e fuga à dor, não aceita que seus referenciais espirituais possam cair em tentação ou fraquejar em sua jornada. Isso apontaria para um sentido de humanidade que em geral não atribuímos aos mitos. Estes devem estar além de qualquer fragilidade humana pois é exatamente na identificação com os mitos que a mente encontra o sentido, a esperança e a força para continuar sua caminhada. Para muita gente, essa possibilidade pode ser devastadora. Esses ainda não estão preparados para se defrontarem com sua própria humanidade.

               O grande problema é que ao perseguir um ideal de perfeição, haverão também de criar as autoridades espirituais- os gurus- seres perfeitos e que idealmente já chegaram lá e que nunca cairão, sendo, por isso,  considerados dignos de toda fé, confiança e adoração. Mas e se a consciência deles puder realmente cair em tentação, cedendo às chamadas “tentações mundanas”? Como fica a imagem idealizada dos mesmos diante da organização, dos discípulos e patrocinadores?

               Mas o maior problema é que- quando se aceita a ideia de que os iluminados são seres sem nenhuma possibilidade de queda ou deslize- passa-se a perseguir este ideal. Todavia, ele pode não existir. Pode ser que não haja um estado em que a pessoa esteja totalmente livre, de forma a não precisar mais da vigilância e atenção constantes. Tudo indica que não há um estado em que a  a mente e os sentidos possam ficar livres para vagarem levianamente para onde lhes aprouver. Basta uma leve distração e lá está de novo a separação, a ilusão e o sono.

               A alma é livre para se apetecer com o que mais lhe agrada. Seja aqui ou em qualquer outro mundo. Seja nos mais  elevados planos da consciência, ou nos mais baixos a Lei é a mesma: a do livre arbítrio. Chegar ao despertar não significa que a pessoa esteja  eterna e definitivamente livre – pois a negligência e o descuido, podem fazê-la voltar a dormir. Mesmo quando os estado elevados de percepção são alcançados, a consciência deve se policiar para que não se distraia com as tentações e distrações. Por isso que o despertar não é algo tão simples e fácil quanto alguns querem parecer que seja. Na maioria das vezes, o  que se tem é um vislumbre dele. Também não tem a ver com gurus, ou métodos . Nem muito menos com a repetição de um discurso emprestado dos outros. 

               O "Despertar" é resultado de uma mente que entendeu a si mesma, seu próprio funcionamento, e acordou para um estado mental diferenciado de consciência - algo  de difícil definição e explicação.  Os estados de percepção não são fixos, nem estáveis, eles são dinâmicos. Krishnamurti costumava dizer que a iluminação " não é algo fixo". Por isso é muito difícil dizer que alguém “despertou” de forma permanente e sem risco de alteração. Mas, como dizia Dogen, qualquer um que esteja em verdadeira meditação está- naquele momento- iluminado. Mas esse estado  se manifesta sempre do mesmo jeito e com a mesma intensidade ? Quem consegue estar sempre em profunda meditação, naquele estado sem pensamento e - consequentemente- sem ego? O mais comum não é que esse estado dure alguns minutos ou talvez horas para logo depois se perder entre pensamentos, distrações e preocupações? E, há algum problema nisso?

               Lembre-se : ninguém pode lhe dizer que você despertou ou não. O verbo despertar não deveria ser usado no passado. Pois alguém pode ter acordado e voltado a dormir  logo depois. E como saber que a pessoa não está dormindo se passando por Desperto? Exteriormente nada muda. O despertar é um estado subjetivo, interno e somente a pessoa pode saber o que esta se passando dentro dela. Não são as palavras bonitas ou os discursos eloquentes que fazem um desperto. É a sua vida, sua ações, seu caráter, sua paz e clareza interior.

               No caso individual de cada um, há alguns sinais característicos do Despertar que a pessoa pode identificar. Lembro que cada Despertar tem sua peculiaridade e singularidade- nada é igual nessa dimensão. Deus não tem uma linha de montagem de iluminados. Alguns desse sinais podem nunca ocorrer, outros podem ocorrer em momentos diferentes e pode haver outros que não citei . Não há uma regra pra isso:

1. Sensação diferenciada de paz e bem-aventurança interna
2. Sentido de totalidade e união com tudo e com todos.
3. Um sentimento indizível de amor e compaixão.
5. Serenidade, energia e força interior .
7.  Percepção silenciosa dos pensamentos , emoções e sensações .
8. Maior consciência e sensibilidade das coisas externas e internas
9. Momentos de Êxtase ou Bem-aventurança cada vez mais profundo e intensos.
10. Sensações de alegria e felicidade sem motivo ou explicação.
11.  O ego não morre , ele passa a servir.
12. Percepção da mente como um grande nada luminoso.
13. Sensações e percepções - tais como luzes internas- de difícil descrição.
14. Desinteresse momentâneo pelas coisas perceptíveis aos sentidos. 
15. Momentos cada vez mais frequentes de introspecção.
16. Sentimento de uma ordem, ética e moral de natureza cósmica e universal- nem sempre de acordo com o social.
17. Presença de uma energia dinâmica e abundante .
18. Desapego de tudo, incluindo dos próprio pensamentos.
19. Intuição mais apurada
20. Sonhos lúcidos ou noites sem sono- mas com o corpo e mente totalmente relaxados.
21- Visões podem ocorrer, assim como sonhos bons que falam de paz e amor.
22. Sono profundo e recuperador- como a mente e o corpo estão mais relaxados, não há necessidade de muitas horas de sono
23. Estabilidade mental. As sensações e emoções continuam, mas a mente não é afetada por elas.
24. Baixíssimo nível de stress- quase inexistente.
25. Calma, tranquilidade, gosto pela quietude e contemplação da natureza.

               Esses elementos podem apontar para um Despertar. Acontece que, por esse estado ser dinâmico com varições de intensidade, quando a consciência emerge das profundezas da meditação, o ego reaparece. E é nessa hora que ele pode assumir ou não o controle da consciência. Em outras palavras : por causa da meditação, o ego estava temporariamente neutralizado. A consciência então volta à sua normalidade. O ego continua ali. Ora, qual a diferença entre um ego-consciente e um ego-inconsciente? No primeiro caso, o ego passa a atuar nas coisas práticas do dia-a-dia . É ele que cuida do corpo indo atrás de alimento, água, segurança e conforto para o mesmo. É ele que tem consciência das coisas externas, trabalho, família, contas, obrigações sociais, civis e legais. Sem o ego, o corpo do Desperto morreria de inanição e falta de cuidado- por que até pra comer precisa da consciência das necessidades do corpo. Uma consciência em profundo êxtase e meditação perde totalmente a noção de separação. 

                 O segundo caso, do ego-inconsciente, é o estado em que vive a maior parte da humanidade : o ego é o controlador supremo e tudo gira em torno dele. Ao voltar da Meditação ele percebe que meditou  e que isso pode levá-lo à perda total de seu poder. O ego quer  perpetuar-se no comando, não quer perder sua importância e centralidade. Por isso, quando retorna da meditação , ele então pensa assim : que posso fazer para me aproveitar disso? É aí que ele passa a se ocupar com alguma atividade tida como “espiritual”- desta forma se perpetua de forma sutil e camuflada. É assim que  a consciência volta a se distrair com o mundo das formas visíveis. Ela cai no sono, sonhando que está acordada. Algumas vezes o tal, "desperto" sabe muito bem que não tá mais nesse estado, mas como se tornou um guru famoso, passa a vender uma imagem falsa que lhe rende fama, dinheiro e poder- e que ele não quer deixar- claro.

               Assim, você meditador sincero, saiba que é impossível despertar e continuar com a mente tagarela. Tagarelice, seja mental ou não- é sinal de sono- não de despertar.  O verdadeiro Despertar causa uma mutação tanto interna quanto externa. Os momentos de meditação são vivências do Despertar- mas quando a consciência volta da meditação ela volta a "dormir" novamente- algo como um cochilo. Muitos auto-declarados despertos conhecem muito bem essa alternância de estados.  Por isso, muitos se valem de discursos bonitos e poses para disfarçar o fato de que, naquele estado fora da meditação, não estão iluminados. Muitos adoram falar bonito. Mas, lembre-se: o discurso não é o estado. Repetir algo feito papagaio nada significa. E mesmo aqueles que chamamos despertos não estão livres da queda e do sono pois,  como disse Dogen:

“ Basta um simples pensamento ou distração- e eis que cai-se de novo- na separação”.

               Apesar de todas as escrituras e grandes mestres afirmarem que há um estado de libertação plena da qual não se volta mais-  isso, porém, ainda é muito raro nesse mundo. Sri Yuktéswar afirma que existem três grandes planos: o físico, o astral e o causal- e que cada um deles tem vários níveis de gradação. Os seres do plano causal são descritos como altamente evoluídos:

 “os seres do corpo causal banqueteiam-se apenas com a ambrosia do conhecimento eternamente novo. Bebem dos mananciais de paz, andam pelo solo sem trilhas das percepções, nadam na infinitude oceânica da bem-aventurança”.

               Mas mesmo estando nesse estágio a alma ainda não seria completamente liberta. Apenas ao libertar-se de todos os três mundos – incluindo o causal que é o mais evoluído- é que a alma alcançaria a liberdade última, ou seja- a unificação com o Infinito- “sem qualquer perda da individualidade” . Até lá, mesmo seres evoluídos tem que passar por diversas idas e vindas, conforme suas palavras:

 “ O homem não realizado precisa passar por incontáveis encarnações terrestres, astrais e causais, até emergir de seus três corpos”

               É razoável, então se afirmar que mesmo os altamente evoluídos quando descem na matéria grosseira devem manter a lâmpada da vigilância acesa- sob o risco de queda. Esta é uma possibilidade que acompanha a todos : desde os seres mais ignorantes, até os mais evoluídos e iluminados. Daí por que é tão importante uma vida de constante vigilância dos princípios éticos e dos limites do próprio ego. O ego se torna como um animal domesticado, a serviço de uma Ordem maior- mas seu perigo nunca pode ser subestimado. É através da Meditação verdadeira- não das técnicas- que o ego é mantido em seu devido lugar. Aquele que pensa que por ter se iluminado não precisa mais cuidar  do ego, de forma que ele fique sempre sob constante vigilância, corre um grande risco de cair, exatamente como muitos outros caíram. As consequências disso  são inimagináveis: vão desde o inferno mental até  problemas sérios com as leis e autoridades locais. A oração e a meditação, o "Orai e Vigiai" de Jesus, continua sendo uma das maiores armas de todos, iluminados ou não, para evitar  que a Consciência caia no inferno e na escuridão como consequência de seus próprios atos, erros e ilusões.

Por isso, Orai e Meditai!

Namastê!
Alsibar
http://alsibar.blogspot.com


28 comentários:

  1. texto muito bom Alsibar,

    percebo isso durante as atividades diarias, de repente voce percebe que estava fazendo tudo no automático sem atenção nenhuma,

    Abraços Alsibar

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  2. Ola Gabriel Batista,

    É exatamente isso. Obrigado por sua visita e comentário!

    Fraterabraços!

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    1. Quem sabe um dia? Com seu apoio a gente se motiva. rsrs

      Abraços Fraternos!

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  4. Repito aqui minhas palavras no Facebook, que seu texto está espetacular, me tirou várias dúvidas, enfim... Que Luz, moço, você me deu agora!! Obrigada!!

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    1. Obrigado Roxanne Lucy... Fico feliz que ele tenha sido útil!
      Fraterabraços!

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  5. Parabéns, Alsibar.. excelente texto. Sds..

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    1. Ola Lindaura, quanto tempo mesmo hein? Grato por sua visita e palavras!
      _/\_

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  6. Olá amigo Alsibar!

    Mais um grande texto!

    Em relação a essa coisa de o despertar ou iluminação ser considerado como algo definitivo, irreversível, certamente se deve ao instinto natural da mente de buscar segurança. Por exemplo: se eu sou um buscador, é óbvio que eu desejo alcançar a libertação definitiva e absolutamente irreversível. Jamais gostaria de atingi-la e permanecer vulnerável, sob o risco de voltar ao sonho (pesadelo) de uma vida de sofrimento dominada pelas ilusões e pelas sombras do pensamento.

    Um forte abraço!

    Namastê!

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    1. Forte abraço amigo Rogério e grato por seu adendo.

      Até a próxima!

      Namastê!

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  7. Por isso a maioria da humanidade prefere a zona de conforto, jogar para baixo do tapete e acometido das mais variadas crises, doenças, desgraças, dor psicológica, miséria, burrice, ignorancia, teimosia e diz: tá tudo bem!

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  8. oi Alsibar, tive minha experiencia de ascenção ou nirvana ou como desejem falar nos meus 22 anos..mas, no maior estado de iluminaçao, era necessario descender,, como láéum estado de pluraridade ou consciencia simultnea, vamos dizer que a decisão de voltar é coletiva (seres de energia pode sentir) e na falta de ego nao temos como desejar nada...mas era a decisão certa e sábia. Agora estou aqui em estado de separação e consigo pequenos estalos de sensaçoes profundissimas que me fazem sentir o éxtase da vida e isso conforta (e da ate temor) o ego. Aqui é dificil me expressar mas a minha experiencia foi estagio por estagio acordando cada chacra claramente. Se a pessoa nao estiver medianamente preparada , tenho certeza que pode ficar mal da cabeça permanentemente. Sinto a certeza de re-encarnação em vida.um abraço,
    tanguito tem um link interessante sobre limpando Pineal em http://lei971.blogspot.com.br/p/agrotoxicos.html

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    1. Ola amigo Clorito,

      Não entendi bem por que vc disse que a decisão de voltar é coletiva- e por que era a decisão certa e sábia? Pressinto sua resposta, mas seria enriquecedor se você nos dissesse sobre sua própria experiência. A experiência realmente conforta o ego... talvez a libertação esteja exatamente no livrar-se do desejo de mais experiências, não acha?
      E realmente... É importante não forçar a barra através de métodos que possam despertar isso antes da hora- pois o risco de problemas tais como depressão e loucura é muito grande. Acredito que uma vivência saudável passa pela paciência e serenidade, sem desejos de despertar energias sutis, pois na hora certa o despertar dessas forças ocorrerá naturalmente ao longo do processo de amadurecimento espiritual.
      Há muitos relatos sobre problemas relacionados a práticas e métodos de yoga e meditação. Muita gente deseja poderes e experiência extra-sensoriais- e chega a alcançá-los. O problema é que elas não são permanentes e a pessoa acaba voltando pra o seu pequeno mundo, tendo que enfrentar todos os problemas inerentes à vida e a si mesmo. E muitas vezes o impacto é grande pois a pessoa não quer ter que enfrentar a dura realidade do dia-a-dia, com suas contradições e dolorosa dualidade.

      Grato por sua colaboração e espero vc por aqui novamente!

      Fraterabraços!

      _/\_

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  9. "É nas quedas que o rio cria energia!"- Professor Hermógenes

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    1. Olá Nanda Devi, obrigado por seu comentário.

      Acho que deveríamos refletir em como nós- seres humanos- ganhamos e gastamos energia, pois tudo nesse mundo precisa de energia- inclusive o despertar. Mas como "produzir" esta energia e será que ela pode ser produzida?

      Fica aí a reflexão!

      Abraços!

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  10. Obrigada... vou me recolher agora sem culpa e leve, era isso que precisava ler neste momento. Obrigada amigo.
    Abraço.
    Sô.

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  11. Seu texto me fez refletir muito sobre uma idéia pessoal que tenho a respeito da busca do autoconhecimento, onde a busca já esteja contida em si mesma... sendo o próprio autoconhecimento...

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    1. Ola Estela Lima tudo bem?

      É isso mesmo. Exatamente assim. Não existe objetivo... o caminhar, o processo, o aprender- já é em si autoconhecimento. E isso não tem fim.

      Abraços!

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  12. Olá Alsibar! O tema abordado é de suma relevância. A esse respeito recomendo entusiasticamente a introdução apresentada no link abaixo. Grata! http://www.dharmainc.org/video/12-stage-view-special-focus-lectures-introduction

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  13. Muito interessante !!!!
    Agradeço .
    Aqui vai mais um GRANDE abraço .

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  14. Muito obrigado pela sua atenção sou grato a vc é ao Universo Namastê.

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  15. Muito bom o texto, bem esclarecedor. Nos faz conscientes de que precisamos estar sempre atentos nessa nossa jornada árdua!

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