terça-feira, 12 de dezembro de 2023
terça-feira, 28 de novembro de 2023
quinta-feira, 16 de novembro de 2023
A VIAGEM CÍCLICA DO DESPERTAR by Alsibar Paz
Quando começamos a busca espiritual imaginamos que ela é uma viagem única com começo, meio e fim. Nada mais equivocado. O problema é que só vamos descobrir isso muito tempo depois com o despertar. E, como nem todos despertam, dificilmente ficam sabendo disso. A viagem do despertar é marcada por vários ciclos e fases que terminam e se abrem para novas experiências, perspectivas e percepções.
Portanto,
imaginar que a pessoa irá passar alguns anos investigando, conhecendo gurus,
praticando métodos e "sadhanas" até se iluminar e tornar-se um mestre
espiritual famoso e rico - não passa de uma grande ilusão alimentada pela
cultura, literatura e por nossos próprios desejos. Como bem representado no '
Pastoreio do Touro' Zen, depois do despertar, o sujeito volta para a sua vida
comum, se íntegra à sociedade, sem nenhum traço ostensivo de iluminação.
Isso explica
muita coisa. Por exemplo: muitos têm um despertar na juventude ou adolescência,
depois esquecem e vão viver suas vidas ' comuns'. Outros, seguem uma vida
dedicada à espiritualidade, mas então vêm as demandas da sociedade moderna, a
fama, o dinheiro e acabam 'caindo' vítima de forças que não aprenderam a lidar.
Algumas vezes, se metem em escândalos, problemas e até crimes que terminam por
destruir sua carreira de guru ou instrutor espiritual.
Toda essa
reflexão nos leva à seguinte conclusão: nem todos seguirão a carreira de
"guru" após o seu despertar. E o motivo é simples: só depois que a
pessoa desperta para a verdade acerca de si mesma, é que ela vai encontrar sua
verdadeira vocação que pode não ter nada a ver com espiritualidade. O sujeito
pode ser "chamado" a aprender novas lições e desenvolver novos
potenciais na família, no matrimônio, na gestação de um filho, na arte, na
educação, medicina, tecnologia, ciência, comunicação social, engenharia ou
qualquer outra área/atividade. Tudo depende do 'chamado', da vocação e do
momento/fase de cada um.
A verdade é
que o despertar nada mais é do que ciclos de aprendizagem que se completam e
finalizam, mas que se abrem para novos e maiores percepções em ciclos de
aprendizagem sem fim.
Alsibar Paz
16/11/23
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sexta-feira, 13 de outubro de 2023
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
quarta-feira, 5 de julho de 2023
quinta-feira, 1 de junho de 2023
quarta-feira, 24 de maio de 2023
A CARTA DO LOUCO : O IMPULSO PARA O DESCONHECIDO
A CARTA DO LOUCO : O IMPULSO PARA O DESCONHECIDO
By Alsibar Paz
A carta do louco representa o impulso para o desconhecido, para o novo, para a mudança. Por ser a primeira carta do jogo, é ela que dá início à 'jornada do louco' que é o próprio Tarô simbolizando a vida. É esse impulso em nós que nos empurra para o movimento, impedindo que caiamos na mesmice, no comodismo, na estagnação.
Vemos a energia psíquica do louco em ação em diversos momentos importantes de nossa vida sendo, o nascimento, a mais representativa delas. Quando o bebê nasce e se joga em um mundo desconhecido, cheio de perigos e possibilidades, lá está o arquétipo do louco em ação. Quando o filho, já adulto, deixa a proteção e segurança do lar, em busca de seu próprio destino, está lá o impulso do louco. Quando se casa e abraça uma nova etapa na vida de incertezas e novas perspectivas, nem sempre seguras, lá está o poder do louco. Quando, depois de anos casado, se separa por algum motivo e busca um novo relacionamento - é o louco atuando de maneira profunda nos recantos secretos da psique. Quando morremos e mergulhamos na dimensão desconhecida da morte, eis o louco presidindo nossa cartada final.
Você pode negar ou neutralizar o poder do louco em sua psique. Ninguém é escravo dos arquétipos psicológicos. Mas eles têm uma razão e função e, por isso, quando ignoramos o louco em nós, a vida pode, de repente, perder o sentido, a beleza e a magia. Quem nunca se entrega ao poder do 'louco" pode cair no abismo da monotonia, tristeza e depressão. É o filho que nunca saiu da ' barra da saia da mãe' por medo e insegurança. É o casal que se mantém juntos mesmo infelizes e se odiando. É a pessoa que fez um concurso por causa da estabilidade financeira mesmo sem identificação com a profissão, mas se agarra àquela posição infeliz por causa da segurança do cargo. É a pessoa que nunca muda de casa, de bairro ou cidade por medo do que possa encontrar. E assim por diante.
O Louco em nós tem dois aspectos: o negativo e o positivo. No primeiro caso, é o risco imaturo e irresponsável. Pessoas dominadas pelo aspecto negativo do louco não têm prudência, cuidado ou limites. Estão sempre procurando problemas, situações arriscadas e perigosas que, amiúde, terminam em tragédia, doença ou morte. Já em seu aspecto positivo, o louco aparece para nos dizer que é hora de se expandir, de se arriscar, de mudar, crescer e amadurecer.
No aspecto espiritual, o louco representa aquele estranho impulso para o Desconhecido. Ou aquele momento em que o ego está para abandonar suas crenças, conceitos e conhecimentos para, finalmente, mergulhar na vastidão desconhecida do Silêncio. Já em termos premonitórios, o louco aponta para possibilidades de grandes mudanças na vida : um novo relacionamento, mudança de casa, cidade, casa, emprego, escola, viagem, etc.
Para podermos aproveitar todo potencial criativo do louco é preciso equilibrá-lo com a sensatez, a razão e a prudência. É um exercício constante de auto análise. Afinal: esse impulso é legítimo ou está apenas me levando para o abismo? Ele surge em boa hora ou é precipitado?
É isso que cada um deve analisar e responder no seu dia a dia toda vez que este impulso maravilhoso se manifestar. Ao ser bem compreendido e liberado na hora certa, ele poderá nos proporcionar grandes lições que culminará em uma vida plena de significado , propósito e satisfação.
Alsibar Paz!
Tarólogo e Psicanalista
@alsibarpaz
Consultas on-line : 085 99246 7667
sexta-feira, 14 de abril de 2023
segunda-feira, 27 de março de 2023
sábado, 4 de março de 2023
DEUS AGE NA INCONSCIÊNCIA por Alsibar Paz
DEUS AGE NA
INCONSCIÊNCIA
Por Alsibar
Paz
O pequeno
exemplo que vou dar aqui é apenas representativo de um padrão que se repetiu ao
longo de toda minha vida, em todas as áreas. Eis o relato:
Todos os
dias, eu compro pão na mesma padaria que fica a umas seis quadras da minha
casa. Às vezes, quando estou mais cansado e já é tarde, vou de carro. Mas,
quando ainda é cedo, gosto de ir à pé. Nessa padaria, não falta pão sempre novinho e quentinho e, por isso,
sempre que posso, vou lá. Hoje, foi um dos dias que decidi ir à pé. A primeira
“coincidência” foi que decidi fazer um outro trajeto, passando antes em um
mercadinho para comprar banana. A segunda, foi que ainda pensei em pegar uma
rua diferente no começo, mas acabei decidindo
ir pela de sempre até certa altura e, de lá, desviar o caminho para
comprar as frutas.
Lá na
frente, peguei um atalho para o mercadinho das bananas antes de passar pela
padaria, quando dobro na esquina, que olho para minha esquerda, tenho um susto.
Por alguns instantes, fico totalmente confuso sem entender o que está
acontecendo. De repente, a padaria que sempre compro pão — e que faltavam ainda
umas quatro quadras para chegar— estava do meu lado, com logotipo, balcão,
balconistas e tudo . Ou seja, rapidamente conclui que eles haviam se mudado no
final de semana para um local mais próximo da minha casa. Mas, o mais
“estranho” nisso tudo, foi eu ter ido exatamente na direção da padaria, por uma
rota totalmente improvável, tudo de forma natural e inconsciente.
Ao
recapitular todos os grandes eventos da minha vida, vi que eles ocorreram em
momentos de inconsciência e espontaneidade : a compra do terreno no qual morei
boa parte da minha vida e onde meus irmãos e minha mãe estão morando agora,
relacionamentos diversos, conhecer pessoas maravilhosas que foram — e continuam
sendo — muito importantes na minha vida, compra de apartamento, concursos,
empregos, etc. Tudo veio naturalmente, eu não precisei “pensar” nessas coisas,
nem ficar “consciente” para que elas chegassem até a mim. Pelo contrário,
vieram em momentos de completo esquecimento de mim mesmo, de forma totalmente
despretensiosa, espontânea e inconsciente. Ou seja, aconteceram quando eu não
estava esperando, nem praticando nada,
nem técnica, nem meditação nenhuma, tampouco “observando” nada.
Daí, só
posso concluir uma coisa: a falácia dos defensores da tal “consciência” como
canal de conexão com Deus. Não estou falando aqui sobre "tomar
consciência" de um pensamento, um sentimento, uma crença errada, uma
contradição, um comportamento inadequado, um bloqueio ou trauma, vê-los, compreendê-los
e depois
“soltá-los” — não é isso. Estou me referindo ao que "todos" os
gurus, líderes, instrutores, psicanalistas, influenciadores, youtubers,
psicólogos, terapeutas, etc. falam em uníssono: "FIQUE CONSCIENTE !' como
se a inconsciência o apartasse da possibilidade
de “ascensão e conexão divina " — o que quer que isso signifique.
O episódio
de hoje, apenas me fez relembrar e reafirmar aquilo que já defendi em um
capítulo inteiro do meu livro “ Lúmina – A Jornada do Despertar”: essa “meditação consciente”, como ensinada
modernamente, reforça e potencializa o ego. E, por isso, que quanto mais
“consciente” você for, menor será a probabilidade de penetração da luz divina
com seus insights, intuições e inspirações. Isso acontece por que o ego funciona como uma
espécie de barreira impedindo a passagem da Luz Divina.
A
consciência é importante como forma de autodescoberta e autoconhecimento, mas
ela não pode ser transformada em uma técnica a serviço do ego. Ela vem por si
mesma, naturalmente, ao longo do dia. De repente, nos damos conta de algo
errado, contraditório ou inadequado em nós e é essa percepção que nos faz mudar
de rumo. Mas isso não tem nada a ver com a “prática da consciência” como um ato
intencional, constante e contínuo
resultante da intenção, do esforço e da vontade. Não. Nesse caso, não é
meditação. É apenas o ego se autoenganando, se autorreforçando e se
autoiludindo.
Alsibar Paz
27/02/23
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