Qual o profundo
significado por trás da Paixão de Cristo? Qual mito Jesus encarnou através do
seu exemplo de amor e sacrifício pela humanidade? O que isso tem a ver com a
vida de cada um de nós? Por que é tão importante meditar sobre isso, não só
agora, mas ao longo do ano? Qual a
diferença entre o Jesus humano e o Cristo Universal? Talvez este artigo lhe
ajude a esclarecer melhor estas e outras questões afins. Seja muito bem vindo!
Prometeu- o Enforcado |
Nesse momento, Jesus não é apenas o rebelde sentenciado pelas
leis de Roma, astuciosamente manipuladas pelos doutores da Lei judaica. Jesus encarna o mito do Redentor do mundo. Aquele que dá sua vida à
humanidade. No Tarô Mitológico, ele é representado pela carta do Enforcado- simbolizado pelo titã Prometeu. Segundo a mitologia, foi Prometeu quem criou o
homem com barro e água. Zeus, temendo que os homens se tornassem iguais aos
deuses, impede-lhes que descubram a existência do fogo.
O Rei dos deuses tentava manter a humanidade em seu estágio bestial e
primitivo. Mas Prometeu rouba o fogo dos deuses e dá-lo aos homens. Quando
descobre, Zeus fica enfurecido e prende Prometeu em uma colina submetendo-o a
uma terrível tortura: durante o dia uma águia come-lhe o fígado, que cresce
novamente durante noite em um ciclo interminável de agonia e dor. Prometeu se
sacrifica pela humanidade por que a ama como parte de si mesmo. Exatamente como
Jesus Cristo, o Nazareno.
O Cristo Universal |
Eis por que a Paixão de Cristo vem comovendo pessoas do mundo
todo ao longo de séculos e milênios. Numa outra perspectiva, a morte do Jesus
humano, representa a morte do EGO. Essa morte nunca é indolor pois o EGO não
quer morrer. Ele se recusa, pois teme o sofrimento . Mas sem a morte do
EGO, Jesus não poderá se transformar no
Cristo, o Messias, o Salvador do mundo. Seu sacrifício não é apenas um capricho
de um Deus cruel que envia seu filho para ser morto pelos homens. Deus se fez
carne em Jesus. É o próprio Deus que se sacrifica pela sua criação e sofre
junto com ela. Deus na forma de Jesus
nos dá o maior de todos os ensinamentos: o do seu próprio exemplo de
amor ilimitado e doação incontestável.
Se o Jesus humano que representa o EGO não morrer, o Cristo
que representa a Consciência divina não nascerá em nós, ou melhor, não ressuscitará. Refletir e meditar no
sentido mais profundo da Paixão , Morte e Ressurreição de Cristo pode levar-nos
a compreender nosso próprio processo de crescimento e evolução , impulsionando o
despertar da CONSCIÊNCIA CRÍSTICA em nós!
Namastê!
Alsibar
http://alsibar.blogspot.com
Há 2000 anos atrás, Jesus Cristo nos mostrou a verdadeira morte de modo dolorosamente pacífico. Ainda não percebemos a grandiosidade deste ato...
ResponderExcluirPerfeito o texto, Alsibar!
Abraços fraternos.
Confesso que tenho uma certa dificuldade em digerir ensinamentos cristãos, mas sob a Luz de seus comentários ficaram bem mais palatáveis. Obrigado!
ResponderExcluirAmor em Grãos,
ResponderExcluirRealmente, você disse certo: a humanidade ainda não entendeu o sentido da vinda de Cristo ao mundo. Muito grato pela gentileza de sua visita e pelos comentários!
Namastê!
Amigo Júlio César,
ResponderExcluirFiquei muito feliz com o seu comentário. Penso que temos que aprofundar-nos no verdadeiro espírito dos ensinamentos e da vida de Cristo para poder entendê-lo. Para isso, a meditação é fundamental.
Fraterabraços amigo,
Namastê!
E se o próprio Cristo for um MITO assim como o mito do eterno Prometeu?
ResponderExcluirE se a Paixão de Cristo for uma mensagem simbólica para cada um de nós?
E se tivermos que nos render e deixar o ego diminuir como ele mesmo fez?
E se a historia do Cristo for a nossa própria historia?
"Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém,
Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida.
Em vão olharás a Cruz do Gólgota
A menos que dentro de ti, ela seja
novamente erguida."
Angelus Silesius
Muito bom Ronnye! _/\_
ResponderExcluirMeu caro Alsibar,
ResponderExcluirApesar de me cadastrar no blog, nunca havia postado até agora.
Vou fazer um pequeno resumo de minha "carreira" nestes ensinamentos.
Ha uns quatro anos atras, tornei-me servidor publico federal. Para minhas origens, foi algo inimaginavel. Apos dois anos, ingressei em outro cargo um pouco melhor. Então, como fui programado por toda minha vida para essas coisas materiais, achei que havia chegado ao paraiso. Porém, ao poucos, fui percebendo que estava realmente caindo num abismo sem fundo.
Foi então que comecei a pesquisar sobre alguma coisa que me ajudasse na internet, sem a menor ideia de por onde começar. Não tinha nenhuma base para isso. Sou de familia catolica e em minha terra natal so se conhece o cristianismo, qualquer coisa alem disso é do diabo...
Então comecei a ler pequenos textos que me levaram ao Poder do Subconsciente de Joseph Murph. Ao ler o livro, no inicio, parecia que conseguira algo. Mas logo vi que em essencia estava no mesmo. O livro simplesmente aumenta nossos desejos...
Mas como você bem sabe, quando alguem começa sinceramente a buscar a verdade, a força nos conduz ou tenta conduzir ao caminho, se não certo, mas pelo menos mais proximo da verdade. Foi então que conheci Eckhart Tolle. Isso faz cerca de oito meses. Comprei seus dois livros mais influentes e realmente são muito preciosos. Mas li e reli umas cinco vezes cada um e mesmo assim continuava com algo em mim dizento que ainda faltava alguma coisa.
Pesquisando mais um pouco na net, deparei-me com textos e cursos de gnosticismo, li bastante por duas semanas. Comecei a ficar meio desorientado, principalmente aquela questão da sexologia.
Depois conheci o quarto caminho. Isso tem em torno de um mes. Li rapidamente os principais textos e inclusive um livro de ouspenski e comecei novamente ter esperanças de encontrar aquela "coisa".
Engraçado é que foi justamente tentanto pesquisar sobre Gurdjieff que deparei-me com o seu blog, que fala sobre onde ele falhou.
Foi tiro e queda, veio realmente a calhar e na hora certa. Percebi na hora que não havia realmente nada a conquistar. Aquela "coisa" que eu buscava era coisa de meu EGO. Não sou bom com as palavras, por isso paro por aqui, deu para captar alguma coisa né?!
Agora, perdoe-me, mas preciso deixar aqui minha opinião a respeito de um detalhe que percebi. É que de fato, apesar de Gurdjieff ter sofrido os acidentes de carro, ele morreu com 83 anos e forte, enquanto Yogananada com apenas 59 e não se diz qual o motivo de sua morte. Além disso, se infere de seus textos que voce agredita literalmente no que ele escreveu no Autobiografia. Fica meio semelhante aos protestantes que citam os ensinamentos da Biblia, sem questionar. Desulpe a franquesa, é apenas minha opinião.
Ah! Desculpe também por postar o comentario aqui. Está completamente fora de contexto. Mas é que, estava lendo outro texto e por este da paixão de Cristo ser o mais recente, achei que você poderia ver com mais facilidade.
ResponderExcluirE obrigado pela sua mensagem.
Fique em paz.
Olá Emanoel Barros tudo bem?
ResponderExcluirPrimeiramente quero agradecer-lhe pelo relato sincero e pela participação no blog.
Não tem problema sobre a postagem aqui. Mas se fosse lá eu veria do mesmo jeito, pois quando alguém posta algo o blog me envia um email com o comentário.
Bom, sobre o Yogananda versus Gurdjieff... eu não acredito piamente em nada. Todavia, gosto dele e sinto verdade em seu relato. Mas não sou um fanático, ele pode sim ter falhado. Mas penso que o Autobiografia é maior do que Yogananda. Alguém tinha que escrevê-lo. Se não fosse ele seria outro. Ele apenas cumpriu sua missão. É o que penso.
Fraterabraços amigo e fique à vontade para opinar.
Namastê!
Vim agradecer a amável visita. Será sempre bem-vindo. Gostei dos assuntos tratados aqui. Tudo que contribui para o autoconhecimento é louvável. Voltarei.
ResponderExcluirAbraço.
PAZ e LUZ