Este artigo trata da relação guru-discípulo suas vantagens, desvantagens e perigos. Até que ponto esta relação é benéfica ou não? Como saber a hora de partir e libertar-se? Até que ponto o apego e a dependência não está atrapalhando o crescimento e o amadurecimento interior? Leia e tire suas próprias conclusões.
A relação guru-discípulo pode ser algo benéfico ou prejudicial.
Ela é positiva quando leva o discípulo a descobrir-se e libertar-se. E é
negativa quando mantém o discípulo preso ao mestre. O problema, pois, não são
os gurus em si mas a relação de dependência. Os mestres espirituais sempre existiram
e continuarão existindo por muito tempo. Todavia, esse papo de “render-se ao
guru” é arriscado e, no mínimo, suspeito.
A relação guru-discípulo pode ser benéfica ou não |
Na tradição zen-budista a relação mestre-discípulo é muito mais saudável e madura do que na tradição hindu. Os mestres Zens nunca pedem
“rendição ou entrega a si" pois em geral são
humildes, estão cônscios de sua próprias limitações e não se consideram seres especiais. Além disso, seria incoerente ensinar meditação - que visa à libertação- e ao mesmo tempo incentivar a dependência. Tudo o que um verdadeiro mestre quer de seu discípulo é que ele se liberte.
Se um guru não o liberta, suspeite |
Se um guru não o liberta dele próprio, suspeite! Aquele que
reforça atitudes de dependência e apego, dificultando a liberdade e autonomia
do discípulo, não pode ser chamado de mestre. O verdadeiro mestre não prende,
liberta. E a liberdade, assim como a verdade, não está nem aqui, nem ali, e nem
é propriedade de ninguém. Jesus disse : “Deus será adorado em espírito e verdade”-
significando que se ele está em tudo e em todos, você não precisa procurá-lo distante, mas percebê-lo perto,
pois ele nunca se perdeu.
Assim, não há sentido procurá-lo em outro lugar além do seu
interior. Ou em um livro que não seja o da vida ; ou até mesmo em uma pessoa
que não seja você mesma. “Onde estiver seu coração, aí estará o seu tesouro”.
Este “tesouro” é a Luz da Verdade que você tanto procura e almeja- mas que não
sabe que já a possui!
Os mestres Zens não exigem entrega a si |
Então , da próxima vez que for a um guru , analise bem suas
palavras, atitudes e intenções- mesmo as
ocultas e nas entrelinhas- e aprenda a discernir o “joio do trigo” pois
“pelos frutos é que conhecereis a árvore”.
A relação de dependência e apego impede a descoberta do tesouro da Liberdade
e Felicidade que já existe aqui e agora
no seu interior.
Alsibar
http://alsibar.blogspot.com
da próxima vez que for a um guru , analise bem suas palavras, atitudes e intenções- mesmo as ocultas e nas entrelinhas- e aprenda a discernir o “joio do trigo” pois “pelos frutos é que conhecereis ,,, MUITO BOM , FALA SE MUITO DE DESAPEGO, mas na verdade , não consegue ficar longe de seus (mestres)... cuidado !!!!
ResponderExcluirEstar ao lado de mestres sem a cegueira de estar possuído por eles é algo natural quando nosso autoconhecimento está vivo ou mesmo em formação. Nesse momento, nosso olhar interno acorda e sinaliza quem queremos ter ao nosso lado nessa caminhada sem fim.
ResponderExcluirBom dia!
Olá Anônimo... Obrigado pela participação.
ResponderExcluirOla Amor em Grãos,
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelas belas e delicadas palavras.
Fraterabraços.
Namastê!
As relação entre guru e discípulo pode ser muito proveitosa, como qualquer coisa quando utilizada de modo saudável e correto. Estas palavras de Eckhart Tolle (livro "O poder do Agora") refletem bem o que pode ser a relação discípulo-guru. O que ele fala sobre "mestre" e "trabalho em grupo", aplica-se perfeitamente à questão trazida no post:
ResponderExcluir"Se só o seu mestre for a encarnação de Deus, quem é você então? Qualquer espécie de exclusividade é uma identificação com a forma, e a identificação com a forma significa o ego, não importa o quanto ele esteja bem disfarçado. Utilize a presença do mestre para ver um reflexo da sua própria identidade por trás do nome e da forma e para se tornar mais intensamente Presente. Em pouco tempo você verá que a Presença é única.
O trabalho em grupo também pode ser de grande utilidade para intensificar a luz da nossa presença, mas, embora seja valioso, não é o bastante e você não deve depender dele. Nem de um professor ou de um mestre, exceto durante o período de transição, quando você está aprendendo o significado e a prática da presença."
Namastê! _/\_
Ola Gugu, obrigado pela sua contribuição e citação. Namastê!
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