quarta-feira, 20 de abril de 2022

O 'PAPAGAIO' DE KRISHNAMURTI

 


O papagaio de Krishnamurti é aquele sujeito que repete tudo que JK disse sem nunca ter visto por si mesmo aquilo que ele apontou.

Eu mesmo já um fui um desses. Adorava desafiar católicos, crentes, espíritas e até hare-krishnas para o debate. Eu me sentia o máximo usando as 'armas poderosas' dos argumentos Krishnamurtianos para derrotar meus oponentes. Puro ego de um jovem imaturo e  iludido.

Mas, aquela fase passou. O jovem imbatível sentiu-se um inútil e abandonou aquelas práticas tolas. Afinal de contas, do que adianta  destruir as crenças de alguém sem ter algo melhor para substituí-las?

Eu era um perfeito papagaio de Krishnamurti. Vencia a todos nos argumentos, mas, interiormente, eu me sentia um derrotado. Meu raciocínio afiado, aliado ao conhecimento de Krishnamurti, não me tornaram um ser humano mais feliz.

Hoje, vejo que não adianta nada conhecer tudo de Krishnamurti, ter lido todos seus livros ou, até mesmo, tê-lo conhecido pessoalmente. Aquilo que ele tinha, não pode ser transmitido a ninguém.

O 'papagaio de Krishnamurti ' deve abandonar Krishnamurti se quiser tornar-se 'águia'. Sua visão clara e asas poderosas lhe permitirão alcançar alturas e visitar lugares nunca antes imaginados. Quando o papagaio vira águia só então terá cumprido o objetivo da missão de Krishnamurti: libertar o homem de tudo, inclusive do próprio JK.

Alsibar Paz ( @alsibarpaz)

19/04/22

Quer fazer parte de um grupo de Mentoria para o DESPERTAR no whatsapp? As contribuições são voluntárias. Link abaixo:

https://chat.whatsapp.com/GxqM2vlJeglAP2Lc54rCr6

Estudos Avançados do KRISHNAMURTI (ESAK) . LINK:

https://youtu.be/Pbr_skfkHP0

terça-feira, 12 de abril de 2022

A PARÁBOLA DOS NÓS by Alsibar Paz




Quando Deus fez o homem, deu a cada um a mesma quantidade de nós. Ficou estabelecido que cada pessoa teria uma cota diária de nós que deveriam ser desatados. Todavia, se aquela quantidade de nós não fosse desatada no dia certo,  o que faltava seria repassado para o dia seguinte. Além disso, os nós


não desatados se tornavam cada vez mais difíceis de serem desatados à medida que iam se acumulando. Com o tempo, aqueles que não conseguiam desatar seus nós diários iam juntando tanto trabalho que já não conseguiam dar conta nem de sua cota diária de nós, nem muito menos daqueles que se acumulavam há tempos.

Alguns desses retardatários vendo que algumas pessoas estavam com seus nós em dia, de tal forma que até lhes sobrava tempo para descansar, começaram a pedir aos outros que lhes ajudassem com seus nós. Claro que ninguém se negaria a ajudar a desatar os nós alheios, pois  tinham tempo e energia para isso e, então, começaram a ajudar os outros. Mas apareceu um problema: como os nós ficavam mais apertados à medida que o tempo passava, alguns nós levavam muito tempo para serem soltos. Alguns eram quase impossíveis porque, segundo as regras dos nós, as pessoas podiam sim ajudar os outros, mas só com orientações, mostrando a elas como elas deveriam fazer, mas eram ELAS PRÓPRIAS que deveriam soltá-los.

É verdade que alguns nós eram facilmente desfeitos. Contudo, outros, demandavam tempo, energia e raciocínio, pois eram verdadeiros quebra-cabeças. A situação chegou ao ponto das pessoas que estavam em dia com seus nós se descuidarem de sua própria cota diária na tentativa de ajudar os outros. Foi aí que, diante dessa situação estranha, alguém percebeu algo muito simples e óbvio:

Se cada um cuidasse de seus próprios nós, todos ganhariam tempo e terminariam seus nós diários sem acumular nada. E, assim, não ficaria pesado para ninguém, podendo até ajudar os outros contanto que isso não os prejudicasse, pois não é nada sábio, nem justo, ajudar os outros prejudicando a si mesmo.



Moral da história: cada um cuide de seus próprios problemas pois, assim, teremos condições, tempo e energia para ajudar os outros desde que isso não prejudique a nós mesmos.


Alsibar Paz

11/04/22

@Alsibarpaz

Canal: Despertares com Alsibar :

https://youtu.be/hlzvCK-8lrA

A DISTRAÇÃO FAZ PARTE DA MEDITAÇÃO por ALSIBAR PAZ