domingo, 25 de abril de 2021

O APEGO FUNCIONAL E A DESMISTIFICAÇÃO DA ILUMINAÇÃO

 


A Leia é, a meu ver, uma das poucas pessoas realmente iluminadas desse Brasil- no sentido dado por Krishnamurti. Faz apenas dois anos que ela começou sua busca espiritual e um ano que conversamos bastante sobre Krishnamurti e seus ensinamentos. Sempre que possível, trocamos ideias e ela me fala sobre seus insights. Nesse diálogo, conversamos sobre a questão do apego e também sobre a desmistificação da “ iluminação”. Vale a pena conferir!

 Alsibar -Olá Leia bom dia, tudo bem?

Leia-Tudo bem graças a Deus! Ontem tive um “insight” a respeito do apego, que vou compartilhar contigo: o que liberta a mente não é o desapegar da coisa apegada mas o entendimento, a compreensão do porquê  alguém se apega.  De fato, é o medo de “não ser". Medo do vazio. Isso me trouxe um relaxamento, um silêncio muito profundo!

 Alsibar -Lindo! É exatamente isso !

Leia - Engraçado que você só  observa que se apega e a luta termina.

Alsibar -Yes ! Cessa o conflito.

Leia -Eu achava que a libertação seria você estar desapegado de tudo, só que não é! É quando  você se conhece de verdade e não pode fazer nada a respeito!

Alsibar - Sim, porque cessa a luta.

Leia - Só que nisso está a grande mudança: a “não ação”! Jesus ! Um “vazio” imenso se abre sem luta.

Alsibar - A luta sustenta mais ainda aquilo do qual  você quer se livrar.

Leia - Simmm! Exatamente! Não tenho mais controle nem memória de nada... me perdendo de mim!

Alsibar - Leia... Você já mergulhou.... E assim como eu, Jesus, Krishnamurti, UG, Vimala, ou qualquer outra pessoa, você vai se aprofundando cada vez mais.Você vai chegar no estágio de completo desapego. E só terá o apego funcional. O que seria o apego funcional? O necessário pra você viver e lidar com as questões práticas da vida .

 Leia - Entendo sim: necessidade básica de sobrevivência.

 Alsibar - Exatamente! Foi essa a 'jogada de mestre' que JK fez com o Raja Gopal. Ele não esperava que K o processase para reaver seus bens e direitos. Você entende mais ou menos xadrez?

Leia - Não (rs)

 Alsibar - Tem a jogada do cavalo. É, tipo, uma jogada imprevisível e inesperada. O Raja nunca imaginou que JK fosse demonstrar apego às coisas materiais. E aí foi que ele quebrou a cara. Esse é o apego funcional. Ele tem uma razão , um sentido...

Leia - Humm...entendi! Acordei ontem pensando num vídeo do Krishnamurti em que  ele fala de religião e meditação e, à tarde,  assisti ele por três vezes. Parecia que algo dentro de mim queria repetir o vídeo até que a ficha “caiu”.

Alsibar- Então,  não é um simples apego... Mas um apego “necessário” em prol de uma razão maior.

Leia – Simm!

Leia -  Apego que não traz conflito, nem sofrimento! Muito diferente deste que falamos.

Alsibar- Isso mesmo! Não traz porque é movido por uma razão maior. Não é um simples capricho do ego.

Leia - Entendi.

Alsibar - Vou dar outro exemplo: o seu trabalho. Você precisa dele. Então tem que amá-lo e protegê-lo. Precisa ter esse 'link' com ele.

Leia - Sim! Amo minha vida ali. Fico um dia sem trabalhar hoje e já quero ir pra cozinha. rs

Alsibar - Porque  ele é uma fonte de prazer e sobrevivência.

Leia - Amo mesmo! Não é “trabalho”!

Alsibar- Leia,  a propósito, você tem noção de quanto tempo faz que nós conversamos?

Leia - Bom, comecei a busca faz 2 anos. Faz 1 ano que a gente começou a conversar. Antes completamente dormindo.

Alsibar - Sim! Foi a minha previsão também. Então... Mesmo contabilizando os dois anos...Pra algumas pessoas isso parece impossível! Mas defendo a tese de que isso é relativo e depende de cada um.

Leia- No meu caso, eu tinha uma intenção profunda. Reflexão dia e noite. Não parei um segundo até compreender.

Alsibar - Sim, eu também tinha. Mas  você levou dois anos pra chegar a uma compreensão que levei a vida toda rs.

Leia - Acho que essa intenção  vai abrindo as portas do entendimento.

 Alsibar - Então qual o diferencial? Tem gente que não acordará nessa vida por mais que pareça tentar. Outras levarão muitas...

Leia - Verdade! Talvez por serem muito fechados, no fundo não querem mudar. Quem quer mudar não desiste.

 Alsibar - Bom.... É isso também! Que é o que chamam de “carma”. Carma é o que você é: seus pensamentos, sentimentos e atitudes. Se você é arrogante, orgulhoso, duro.... Esse é o teu “carma”. Porque ele fecha os teus caminhos de crescimento. Ou seja, você MESMA se fecha . Mas aí tem um fator secundário, mas não menos importante: o LIXO DE CONHECIMENTO ACUMULADO!

Leia - Sim! A própria pessoa é seu carma. Ela cria sua própria  “caixa”.

Alsibar - Exatamente. Por exemplo, a minha “caixa” era pesada e cheia de tralhas. Levei anos pra limpá-la.

Leia - A de todos nós...

Alsibar - Mas  a sua tinha pouca coisa em comparação com a minha. A  sua só tinha o Joel Goldsmith que eu me lembre. E parece que teve contato com as coisas do Hélio Couto.

 Leia -Mas acho que tinha também porque foram dois anos doloridos... Não foi fácil... Tinha dias que a sensação era a de estar arrancando a pele.

 Alsibar- Mas estou me referindo especificamente às tralhas do “conhecimento”, das leituras nesse campo. Por exemplo, você não conhecia o Osho, nem o Advaita, ou o Gurdjieff. Esses conhecimentos que, a meu ver, mais atrapalham do que ajudam. Porque dão margem à interpretações equivocadas, inflam o ego  na medida em que fortalecem a ilusão do “saber”. Obviamente que você tinha suas questões pessoais a serem resolvidas. Mas não tinha a ilusão e a prepotência de que já sabia o caminho. Pelo menos, não tão forte como a maioria dos tais “espiritualistas” modernos.

Leia - Realmente não tinha. Não li ninguém. Nem um livro sequer. Só vi vídeos do JK e os seus. O K foi tudo!

Alsibar-Pois é disso que falo. Estou falando das tralhas do conhecimento livresco. Alguns confundem e até desvirtuam as pessoas.

Leia - Sim, egos guiando egos.

 Alsibar - Por isso continuo meu trabalho . Tentando esclarecê-las, avisá-las.Osho não é JK. Tolle não é JK. Zen não é JK. Advaita não é JK. Gurdjieff não é JK.

Leia - Não sei nada desses daí. Rsrs. Realmente  K é único. Fiquei só nele , ali já tinha tudo.

 Alsibar – Lamentavelmente , as pessoas tendem a botar tudo num saco só e acabam ficando perdidas. Que foi o que eu também fiz.

Leia- Sim ! K não escondia nada. Mandava a “real” na cara da gente. A verdade sobre o que realmente somos.

 Alsibar - Então, quando eu quebrava a cara com Osho, eu pedia a Deus uma luz.... E meu coração me levava ao K. Depois foi com o Gurdjieff... novamente Deus me apontou o “K”.

Leia - O primeiro vídeo do K me pegou de primeira...

 Alsibar - Porque você não tinha o lixo do “ conhecimento acumulado”.

Leia- Algumas pessoas me perguntaram : como  você consegue ouvir esse velho estranho?

Alsibar - Pois é, sua mente estava fresca, nova, não contaminada. Que é o estado mental que JK insistia que as pessoas estivessem ao ouvi-lo.

 Leia - Fui “direto ao ponto”, não tinha muita bagagem. Hoje percebo o “falso” facilmente.

Alsibar- Essa “bagagem” ao invés de ajudar, atrapalha. Ela é muuuuuuito pesada pra muitas pessoas e o pior  é que  elas se identificam com a bagagem e aí ficam confusas.

Leia - Porque a confusão aumenta o conflito.

Alsibar- Sim, mas por que elas se identificam? Porque isso lhes dá um sentido de superioridade e prazer. E não percebem que é o ego que está se fortalecendo nisso tudo.

Leia – Simm, muita coisa só alimenta o ego.

Alsibar - E o resultado final? Dor e sofrimento pois ficam presas em suas próprias teias egóicas.

 Leia - Graças a Deus agradeço por ter despertado um pouco pelo menos porque quando a gente se conhece, conhece o mundo. Na compreensão de como eu" funciono” compreendo o outro. A liberdade nada mais é do que parar de brigar com tudo o que sou.

Alsibar – Isso. O meu caso foi muito específico e às vezes procuro entender por que ele foi tão demorado e penoso. E aí me vem a resposta: como eu poderia fazer esses paralelos e esclarecer as pessoas sobre esses equívocos se eu mesmo não tivesse passado por eles?

Leia- A gente acha que vai se libertar primeiro e só depois sentir paz plenitude. Só que não. Sou “isso”. FIM! Mas é muito relaxante. É  o descansar, apaziguar a mente.

Alsibar - E aí, quando digo que conheço uma “iluminada” ninguém acredita. rs

Leia - (rsrs) Não me sinto assim! Estamos todos no mesmo barco. Só me compreendo um pouco mais e parei de “brigar” comigo mesma.

Alsibar - Óbvio que não sente. Se sentisse não seria. Por mais que dissessem a JK que ele era Iluminado ele não se sentia. O mesmo com o UG. O Iluminado nunca sente que seja. E essa é a marca das mentes Iluminadas. Isso quando o sentimento é sincero, óbvio.

 Leia - Acho que tem muita carga em cima desta palavra “iluminado” porque é só o fato da pessoa se auto conhecer, mais nada. As pessoas criam  a ilusão de que o iluminado é algo a mais que os outros. Há uma espécie de endeusamento. Apesar da luz do entendimento, continua tudo igual.

 Alsibar - Sim. Autoconhecimento é Iluminação. Essa palavra está muito carregada sim. E por isso que esse movimento iniciado por JK não pode terminar. Exatamente pra “desmistificar” o termo. E trazê-lo ao seu real sentido. Uma vez que ninguém se torna mais ou melhor do que ninguém. Apenas passa a sentir  paz, alegria, amor, compaixão, felicidade.

 Leia -Sim. Felicidade não produzida,  mas que surge espontaneamente da ausência do conflito. A paz sempre esteve ali. Quando cessa a “briga interna” ela toma espaço.

 Alsibar - Isso não torna ninguém um “santo”, superior ou melhor do que ninguém. Nem mesmo “autoridade” . Porque se ela se sentir autoridade, então a mutação não aconteceu.

Leia - Óbvio. Pois quem se conhece mesmo a fundo não vê ninguém diferente de si mesmo

Alsibar – Isso.

Leia - Lembra que uma vez te perguntei se conhecia algum iluminado no Brasiil? Naquela época eu ainda não tinha entendido nada.

 Alsibar- Ainda bem que eu não conhecia. A propósito, ontem vi um vídeo em que o Bohm pergunta ao K se o iluminado sente a dor e o caos do mundo. E ele responde, meio embaraçoso, : é claro que sim! Logo depois ele “tira de tempo” e fala de uma outra forma a mesma coisa.

 Leia - Sim, é verdade. O mesmo sofrimento meu é o do mundo, mas o mundo ainda luta. E a gente sente compaixão porque não há nada que possamos fazer.

Alsibar: Isso . Foi nessa mesma linha de raciocínio. Mas  o que você  pode você faz-dentro das suas capacidades e limitações.

Leia - Sim, porque quando alguém recebe a luz do entendimento já benefícia toda a consciência humana. Não é algo individual, só da pessoa.

 Alsibar : Isso mesmo! Algumas pessoas pensam na Iluminação como um estado de graça e perfeição....algo místico, etéreo e distante. Como se a pessoa fosse viver numa eterna bolha protetora, livre dos desafios e problemas práticos.

 Leia - Simm. Essa visão leva muita gente a buscar a iluminação nesse sentido aí.

Alsibar - Mas é exatamente no dia a dia que o Iluminado encontra a energia e o sentido da vida. Antes era só conflito, dor e confusão. Depois é paz, amor, alegria, êxtase e muitos desafios.

Leia - Verdade! As situações que antes causavam conflito passa ser simplesmente a vida acontecendo. Não ficam marcas depois!

Alsibar – Exatamente! Você resolve tudo o que pode ser resolvido. De uma forma que antes seria impossível de imaginar. As “graças”, as bençãos, a inteligência, os insights, as intuições e soluções que de repente chegam “do nada”, tornam a vida muito mais emocionante significativa e plena. E tudo vai fluindo como numa dança cósmica.

Leia –Sim, recebo tudo que vem como uma “graça”.

 Alsibar - E aí é só alegria de ver esse movimento divino acontecendo. E você se deixando levar... E também agindo quando precisar, claro.

Leia -  Sim, e tem esse silêncio que de repente tá ali e você não quer tocar pra não estragar (rs)

Alsibar - Exato . Você sabe que tem que deixar quieto porque se tocar ou até mesmo “olhar”- pode estragar,  ao criar uma “onda” de turbulência.

Leia – Verdade. Era a briga, a busca, o “vir-a-ser” que faziam barulho. Só isso  já maltrata demais neh? Como esse mundo sofre.

Alsibar – Sim, muito. Muito mesmo pois do conflito interior nascem todas as outras desgraças do mundo: depressão, angústia, raiva, violência, ambição, guerras de toda espécie. Porque sem paz não há amor, nem compaixão.

  Leia – Sim, por que a pessoa joga no mundo o que tem por dentro. Então o mundo sou eu.

 Alsibar – Isso! A paz interna marca o início da compaixão. Na paz o amor transborda!

 Leia - É o que sinto também por algumas pessoas. Muita compaixão porque entendo como elas funcionam. Por isso que Jesus deixou-se prender na cruz, sem luta. Essa é a “não-ação” que atua sobre  o mundo. Isso surge quando a gente entende todo esse processo.

Alsibar – Isso mesmo!

 Leia - Obrigada Alsibar, por tudo mesmo! Que a tua luz continue alcançando mais mentes!

 Alsibar : Ok, eu que agradeço pela conversa muito produtiva. Abcs!


Link do vídeo de Krishnamurti com David Bohm citado no diálogo

terça-feira, 13 de abril de 2021

AS MENTIRAS DO GURU ROBERT ADAMS!

 

 


Robert Adams foi um professor neo-advaita americano que alegou ser um discípulo direto de Ramana Maharshi e ter vivido dentro e ao redor do Ramana Ashram em Tiruvannamalai por cerca de 3 anos, e também com outros santos e sábios renomados na Índia, incluindo Anandamayi Ma , Nisargadatta Maharaj, Swami (Papa) Ramdas, Baba Muktananda (de Ganeshpuri), Neem Karoli Baba e muitos outros. )

Uma entrevista com Steven Strouth

P: Como você conheceu Robert Adams?
R: Em 1986, dirigi um grupo de estudos Ramana Maharshi na área de Los Angeles e ele me ligou e perguntou se poderia participar. Ele disse que não tinha carro e concordamos em ter nossa reunião da próxima semana em sua casa. Eu era o único na reunião da semana seguinte, então dirigi até Panorama City e me encontrei com ele.

P: Como foi isso ?
R: Naquela época, Panorama City era uma espécie de bairro mais perigoso, com certa atividade de gangues. Quando cheguei lá, Robert parecia meio que se desculpando por morar lá e disse que a única razão de ele morar lá era porque seu irmão havia morrido e deixado para ele um grande prédio de apartamentos. Isso acabou sendo uma mentira. Ele não era dono daquele prédio, ninguém morreu e deixou para ele, e eu nem acho que ele tinha um irmão.

P: Como foi seu primeiro encontro com ele?
R: Entramos em um dos apartamentos vazios, dos quais descobri mais tarde que ele tinha as chaves porque trabalhava como gerente lá e começamos a conversar sobre Ramana e a auto-investigação e como a auto-investigação não era um processo misterioso como as pessoas costumavam pensar. Então, Robert me disse que tinha estado na Índia e conheceu Ramana, o que me impressionou muito. Ele me disse que estava no ashram de Ramana por duas semanas quando tinha 18 anos. Conhecer alguém que realmente conheceu Ramana em 1986 não parecia nem mesmo uma possibilidade, mas quando fiz as contas, percebi que era possível e fiquei bastante impressionado.
Sua suposta viagem à Índia teria sido logo depois que ele se casou com Nicole. Nicole era uma herdeira das Ilhas Cayman e tinha dinheiro, segundo sua história. Achei que ele disse que era o dinheiro de Nicole que financiava suas supostas viagens à Índia, mas também havia uma história sobre uma tia que morreu e deixou dinheiro para ele. Ele disse que passou 17 anos viajando na Índia, então pensei que talvez estivesse voando de um lado para o outro. Eu realmente nunca o questionei sobre como ele passou um tempo com suas duas filhas pequenas e, ao mesmo tempo, passou tantos anos na Índia.
De qualquer forma, conversamos um pouco mais e Robert queria fazer parte do grupo de estudos e disse que precisávamos expandi-lo. Eu tinha 32 anos na época e, embora nunca tenha considerado Robert Adams como meu guru ou qualquer guru, achei que ele entendeu a abordagem correta para a autoinquirição e, por isso, na semana seguinte, encontrei-me com ele novamente.

P: O que aconteceu na próxima reunião?
R: Mais uma vez, ninguém apareceu e eu dirigi de Burbank para Panorama City. Robert disse que queria veicular anúncios no Whole Life Times para que mais pessoas soubessem o que estávamos fazendo. Ele disse que imaginava começar um ashram / centro de saúde. Achei que seria divertido. De qualquer forma, colocamos anúncios e, lentamente, algumas pessoas começaram a chegar. Robert queria cobrar US $ 10 de todos para comparecerem às nossas reuniões e insistia bastante, dizendo que era a única maneira de fazer o ashram funcionar. Eu disse a ele que não teria nada a ver com cobrar pelo satsang e que ele estaria sozinho se essa fosse a abordagem. Ele relutantemente concordou em não cobrar dinheiro.
No final das contas, a casa em que eu morava foi comprada para ser demolida e eu precisava de um novo lugar para morar e Robert disse: “Ei, por que você não aluga um apartamento no meu prédio e podemos sair e planejar nosso ashram . ” Então eu fiz isso. Eu costumava trabalhar das 17h à 1h naquela época. Eu me mudei para lá e costumávamos sair todos os dias, conversar e planejar nosso ashram. Robert costumava me regalar com histórias de todos os professores espirituais que conheceu.
Ele disse que foi co-proprietário de uma loja de importação em Manhattan, Nova York, com Rudi, onde vendiam obras de arte, estátuas e bugigangas da Índia. Ele disse que Franklin Jones costumava ficar pela loja e lhe dava trabalhos de recados e coisas do gênero naquela época. Robert sempre falava sobre Swami Chetanananda (a quem Robert, brincando, chamava de Swami Shit-ananda), que herdou o guru de Rudi. Eles obviamente tinham sido amigos em algum momento. Mais tarde, conversei com alguém que estava com Rudi desde o início e ele nunca ouviu falar de Robert Adams e não reconheceu sua foto, então muitas das coisas de Rudi podem ter sido inventadas também. É improvável que Rudi compartilhasse a propriedade de sua loja em Nova York.
Minha impressão sempre foi que Baba Muktananda era realmente o guru de Robert e ele falava muito sobre ele ... sempre com reverência. Adorava falar sobre ele, contar histórias sobre ele e defendê-lo de histórias escandalosas.
Robert também mencionou para mim que havia muitos hijinks sexuais selvagens e orgias acontecendo no Ramana Ashram. Algo que poucas pessoas sabiam. Lembro-me de ter achado isso tão chocante. Ele também disse que conheceu Papa (Swami) Ramdas, que era inapropriadamente sexual na frente de meninas, de acordo com Robert.
Naquela época (1986), comecei a ler Nisargadatta Maharaj e mostrei a Robert o livro de seus diálogos, intitulado “I Am That”. Anos depois, eu ouvi que ele estava dizendo às pessoas que conheceu Nisargadatta, e que ele passou um tempo com ele em seu loft no andar de cima em Bombaim indo para satsangs por seis meses consecutivos durante os últimos três anos da vida de Nisargadatta, mas ninguém se lembra de ter visto ele estava lá e é curioso que ele nunca tenha mencionado nada parecido quando apresentei os livros a ele.
Quando conheci Robert, ele falava e caminhava normalmente, mas havia certos indícios de Parkinson, como um leve tremor em suas mãos de vez em quando.
Quando decidimos realizar o satsang pela primeira vez, disse a Robert que posso não ter móveis suficientes no meu apartamento e ele disse: "Não se preocupe com isso, tenho muitos móveis armazenados", e descemos para um depósito sala e algumas cadeiras muito boas para usar para segurar o satsang. Robert disse que tinha móveis armazenados em Nevada, Flórida, estado de Washington, Novo México, Havaí e acho que em outro lugar onde ele deu shaktipat e realizou satsang, mas depois mudou. Ele disse que Nicole se cansou de perder todos os móveis bons sempre que eles se mudaram e então começaram a guardá-los.

P: Qual foi a história do sequestro do Havaí?
R: No início, a história do sequestro no Havaí parecia bizarra, mas depois de conhecer Robert por um tempo, fez todo o sentido. Robert tinha o hábito de “pedir dinheiro emprestado” aos seguidores. No entanto, embora a maioria das pessoas use a palavra “emprestar” com uma leve intenção de algum dia pagar de volta, Robert nunca usou a palavra assim. Na verdade, ele ficaria chocado se alguém mencionasse “devolver” em associação com o dinheiro que ele “pegou emprestado” ... então, meu palpite é que o sequestro envolveu alguém que perdeu muito dinheiro. Robert não fazia as coisas de maneira pequena. Robert disse que alguns de seus seguidores o sequestraram e pediram resgate. Acho que ele disse que era no Havaí, mas não tenho certeza do lugar exato - poderia ser o Novo México. Acho que ele disse que segurou satsang sob o pseudônimo de “MT Mind”.

P: Robert Adams realizou satsang no Havaí?
R: Ouvi dizer que ele ensinou na Ilha Grande com o nome de Robert Siegal. Naquela época, ele estava dizendo que seu guru era Baba Muktananda e não alegava ter estado com Ramana Maharshi. A história que ouvi foi que após o incidente de sequestro Robert deixou o Havaí e aconteceu que alguns anos depois duas mulheres (ex-alunas) estavam visitando LA e ouviram sobre um satsang sendo dado por alguém chamado Robert Adams, que alegou ser um discípulo direto de Ramana. Eles foram e ficaram surpresos ao ver que era Robert Siegal, de quem eles haviam estudado no Havaí, que antes dizia que era um aluno de Muktananda em Siddha Yoga e nunca mencionou ter conhecido Ramana.

P: Qual é a história de Robert Adams ter estado sob cuidados psiquiátricos?
R: Robert me disse que sua mãe o teve sob cuidados psiquiátricos desde quando ele tinha cerca de 12 anos. Ele disse que era porque ela não entendia sua "espiritualidade". Na época, achei que isso significava que ela achou estranho que ele estivesse conversando com um Ramana de 60 cm de altura ao lado de sua cama, mas talvez ela também tenha descoberto aspectos mais perturbadores de seu comportamento.

P: Qual foi a história sobre Henry Denison expulsar Robert de sua casa?
R: Só ouvi essa segunda mão, mas de várias pessoas. Naquela época, Henry Denison costumava ter uma grande variedade de professores espirituais dando satsang em sua casa em Hollywood Hills com vista para o Lago Hollywood. Uma aluna dele, Karen Evans, estava tendo entrevistas particulares regulares com ele. Karen era uma mulher de aparência clássica cerca de 25 anos mais jovem que Robert. Durante uma entrevista privada, Robert fez propostas sexuais a ela. Karen disse que não, e então Robert tentou agarrá-la, mas ela escapuliu e disse a ele para nunca mais fazer isso e que ela só se envolveria em uma relação aluno-professor. Ele concordou com isso, e ela acreditou nele, e na semana seguinte ela foi para uma entrevista particular, e ele a agarrou e tentou forçar a língua em sua boca. Ela o empurrou, saiu correndo e alguns dias depois foi para seu próximo satsang, onde, quando Robert fez perguntas após sua palestra, Karen perguntou por que ele tentou beijá-la (ou por que ele a agarrou, foi outro relato). Robert respondeu: “Tentei confortá-lo”. e ela respondeu: “Com sua língua na minha garganta?”. Seguiu-se um alvoroço e Henry Denison levantou-se e disse a Robert: “Robert, você é um velho sujo, saia da minha casa”.
Isso a mergulhou em uma depressão e mais tarde ela se matou.

P: Você já testemunhou Robert sendo sexualmente impróprio?
R: Não, mas ele falava muito sobre as mulheres que o perseguiam e como sua esposa Nicole costumava ficar com ciúmes. Um dia, em nosso satsang, uma garota muito bonita de 30 anos veio dar aula e eu não vi Robert no dia seguinte e dois dias depois ele mencionou que ele tinha ido à casa dela, e ela havia tentado sexual com ele, envolvendo-os juntos em um cobertor. Ele disse que o filho dela era um pirralho e ele não queria ter mais nada a ver com ela, e ela nunca mais voltou ao nosso satsang.

P: Você perdeu dinheiro emprestando para Robert?
R: Sim, e acho que muitas pessoas gostaram.
Um dia, Robert veio ao meu apartamento com um anúncio de um Honda Prelude. Ele disse que precisava para que Nicole pudesse ir e voltar da feira para vender camisetas. Ele me perguntou se eu poderia co-assiná-lo. $ 19.000. Ele disse que eu não perderia nenhum dinheiro. Ele faria o pagamento de $ 200 por mês.
Eu disse a ele que iria pensar sobre isso. No dia seguinte, eu disse a ele que não assinaria com ele para conseguir este carro. Ele estava irritado com isso. Eu disse que procuraria um carro usado para ele e ele poderia me pagar. Eu disse que compraria algo mais barato e, na semana seguinte, comprei um Honda Civic de US $ 600. Era um carro lindo ... funcionou muito bem. Ele tinha um pára-lama dianteiro amassado, mas mecanicamente era perfeito.
Depois de dois meses, Robert não pagou um centavo por isso. Eu perguntei a ele por que não. Disse que não podia pagar nada, que não tinha dinheiro, não tinha emprego ... onde ia arranjar dinheiro? (Em outras palavras, todos os $ 19.000 seriam por minha conta.)
Eu disse a ele que, se ele não me pagasse algo em duas semanas, eu venderia o carro. Ele riu disso. Duas semanas depois, ele não pagou nada e vendi o carro. Ele ficou com raiva e começou a me culpar. Mais tarde naquele dia, Nicole apareceu e ficou furiosa por eu ter vendido o carro “deles”. Expliquei a situação a Nicole e ela se acalmou.
Mais tarde, perguntei a Robert por que ele não disse a Nicole que me devia dinheiro pelo carro. Ele disse que tinha feito Nicole pensar que o carro se manifestava por magia.

P: Qual é a história dele se passando por médico e operando uma clínica médica de estresse?
R: Um dia, eu estava no apartamento de Robert e estávamos conversando e por acaso peguei um pedaço de papel debaixo da cadeira em que ele estava sentado. Era um anúncio de uma clínica de estresse de um centro médico em Las Vegas. Foi claramente escrito por Robert, pude reconhecer sua maneira de falar e escrever. Dizia que esse médico em particular o curaria do estresse.
Robert pareceu muito desconfortável com a minha leitura. Eu perguntei o que era. Ele disse que era algo que havia escrito para um médico amigo dele. Senti que ele estava mentindo e também parecia altamente improvável que um médico pedisse a Robert Adams para escrever seu material de anúncio. Além disso, isso foi depois que toda a ideia do sindicato do gerente de apartamento foi à falência e eu sabia que ele estava com problemas financeiros. Ele já havia começado a se referir a si mesmo como Dr. Robert Adams e eu estava percebendo quanto respeito ele recebia das pessoas dessa forma. Ele realmente parecia um médico.
De qualquer forma, tudo que posso dizer é que senti que havia algo muito estranho acontecendo sobre isso e seu comportamento naquele dia.
Avance alguns anos ... uma amiga minha me disse que estava almoçando com Robert em “Follow Your Heart” no vale e um homem se aproxima deles que reconheceu Robert e disse a ele: “Dr. Anderson, que bom ver você de novo. ” Robert aperta a mão do homem, o abraça e volta para o jantar.
Mais tarde, também soube que Robert tinha operado uma clínica de estresse no Havaí.
Naquela época, ele já havia me contado tantas mentiras flagrantes que eu não sabia absolutamente nada do que ele dizia que pudesse ser confiável. Acredito que o Dr. Robert Adams, também conhecido como Dr. Anderson, trabalhou como médico em mais de um estado.
Além disso, lembro que uma vez, depois que comprei o carro para Robert, sua filha Prentiss (cerca de 19 anos na época) estava dirigindo muito, perguntei a ele como ela gostava. Ele disse que ela estava acostumada a dirigir a Ferrari, mas estava tudo bem. E eu estou pensando, ela estava acostumada a dirigir a Ferrari deles? Robert não tinha habilidades profissionais e, na verdade, nunca mencionou ter um emprego em qualquer lugar. Como ele conseguiu dinheiro para comprar uma Ferrari?

P: E quanto ao dinheiro da herdeira de Nicole?
R: Quando eu o conheci, sua família estava praticamente falida e ele estava tentando sobreviver como gerente de apartamento. Eu tinha ouvido principalmente de Dana, que costumava almoçar com Robert todas as quartas-feiras no “Follow Your Heart”, que Nicole deveria herdar dinheiro de sua família nas Ilhas Cayman, mas eu nunca ouvi falar de nada disso.

P: Quem é o Dr. Blake Warner?
R: Robert teve duas filhas, Melanie e Prentiss. Melanie era casada na época e morava em Woodland Hills, acho. Nunca a conheci, mas muitas vezes vi seu marido David Warner. Ele costumava vir ao nosso satsang. Ele estava interessado nos ensinamentos de Robert. Ele tocava violão, cantava e era um grande músico. Dr. Blake Warner é o marido de Melanie, David. Sempre gostei de David e o achei muito sincero. Naquela época, ele trabalhava para uma empresa de TV a cabo. Acho que ele era um instalador. Se pudéssemos entrar em contato com ele e fazê-lo dizer a verdade, aposto que muita verdade sobre Robert poderia vir à tona.

P: Nicole Adams escreveu uma biografia de Robert Adams. Você leu isso?
R: Não. Disseram-me que não continha informações sobre onde eles moravam, para onde viajavam, como Robert ganhava dinheiro, sem datas, sem lugares ou qualquer coisa. Que tipo de biografia deixa esse tipo de coisa de fora? Minha especulação seria aquela que sabe se ela diz alguma coisa, então todo o pacote de mentiras e desinformação de repente se desfaz.
Eu vi em algum lugar uma promoção para o livro de Nicole Adams em que se dizia que ela estava ao lado de Robert “todos os dias por 40 anos”, mas essa citação parece ter desaparecido. Já que Robert disse a mim e a muitos outros que viajou sozinho pela Índia por 17 anos, talvez alguém tenha dito a ela que os números não batiam assim. Veja o que quero dizer? Assim que ela menciona um único número, tudo se desfaz. Pelo menos ela não colocou nada definitivo assim em seu livro, de acordo com os críticos.
Com Robert, pode-se dizer que foi um jogo de advaita. Sempre que você começar a questionar algo que ele disse que não parece combinar, ele dirá: “não viva no passado. O passado não existe, o passado é irreal ”, esse tipo de coisa. Ao falar de suas “experiências espirituais” ou supostas interações com Ramana, o passado parecia importante.
Quando ele precisava pedir dinheiro emprestado, era urgente e importante e quando você mencionava o pagamento, era sempre tipo, “o passado é irreal. Por que você está vivendo no passado? ”

P: Nicole ou suas filhas já foram a algum satsang enquanto você estava lá? Eles são retratados em seu site como seus alunos mais dedicados.
R: Não. Perguntei a Robert por que e ele disse que já se cansam dele em casa. Prentis costumava ir às aulas de Ciência da Mente no Valley.
Em retrospectiva, talvez se eles estivessem lá, perguntas pessoais poderiam ter surgido e que estavam sendo mantidas ocultas? Não sei.
Nicole foi ao meu apartamento um dia e me disse que era a “Sra. Da Free John ”, então acho que ela quis dizer que havia lido seus livros. Ela também disse que sabia o que eu estava fazendo sozinha no meu apartamento, o que quer que isso significasse.

P: Quem foi Tony?
R: Tony era um jovem que frequentava o complexo de apartamentos e fazia vários trabalhos para Robert, incluindo vigia noturno / segurança do complexo de apartamentos. Robert e Tony pareciam ser muito próximos. Tony havia trabalhado com Robert no lugar anterior em que ambos moraram, eu nunca perguntei para fazer o quê. Um dia perguntei a Tony por que ele nunca veio aos nossos satsangs e ele me disse que não estava interessado e, além disso, Robert nunca disse nada novo, apenas repetiu as mesmas velhas coisas.

Quando Tony foi preso por furto em uma loja, Robert me emprestou US $ 300 para libertá-lo sob fiança, o que nunca foi devolvido. Novamente, “emprestar” significava algo diferente para Robert do que eu tinha (até então) entendido a palavra.

P: Você realmente pediu a ele o dinheiro “emprestado” de volta?
R: Muitas vezes. Ele sempre disse que não tinha dinheiro. Algumas vezes ele enfiou a mão no bolso e tirou uma nota de um dólar e me deu. (Isso é de milhares em dívida).

P: Qual é a história do sindicato do gerente do apartamento?
R: Um dia, Robert veio ao meu apartamento e me disse que teve uma visão de Deus e que todo o dinheiro necessário para o ashram estaria disponível. Ele disse que Deus o levou a um reino superior e lhe mostrou este lindo ashram e disse que tudo aconteceria. Ele disse que Deus lhe perguntou: "De onde virá o dinheiro para construir este ashram?" Ele disse ao Divino: "Aquele que está me mostrando isso também fornecerá o dinheiro." Com isso, o Divino mostrou a ele que Robert iria começar um sindicato para administradores de apartamentos em todos os Estados Unidos. Eles nunca foram sindicalizados e isso geraria todo o dinheiro necessário para o ashram. Ele me perguntou se eu queria fazer parte disso. Sim eu fiz.
Então, ele disse, seguindo a visão, precisávamos obter os endereços de todos os gerentes de apartamento nos EUA e enviar a eles um convite para se juntarem ao nosso sindicato recém-formado. Para encurtar a história, seguimos tudo o que Robert foi dito para fazer na visão e eu perdi mais dinheiro. Desta vez, mais de $ 2.000 dólares.

P: Você deve ter se sentido um idiota.
R: Sim e não. Na época, eu estava confuso sobre toda essa coisa de auto-indagação. Cada vez que perguntei: "Quem sou eu?" Eu não consegui nada. Nada aconteceu, nada parecia funcionar. Robert afirmou que algo havia acontecido com ele. Ele disse que o Ser se levantou e puxou-o para o Coração no lado direito do peito e o tornou realizado em Deus. Ele tinha tanta confiança e falava com tanta autoridade sobre isso ... Eu não tinha nada com que duvidar de sua autenticidade, exceto a evidência de algumas mentiras e sua falta de moral, que muitas vezes se diz que não é indicação de nada.
Com a coisa do gerente de apartamento, conseguimos duas pessoas que enviaram seus $ 30 para se tornarem membros e eu disse a Robert que não podemos administrar um sindicato de gerentes de apartamento com apenas duas pessoas pagando as taxas de adesão e parecia que precisávamos de uma nova ideia. Robert concordou. Naquele ponto, eu disse que iria devolver o dinheiro pelo correio e Robert disse: "Por que você devolveria o dinheiro?" Em outras palavras, ele queria ficar com o dinheiro deles, embora não houvesse sindicato. Mais do que tudo, foi quando percebi que Robert não estava em um estado de unidade com todos os seres.

P: Foi quando você deixou o envolvimento com Robert Adams?
R: Depois disso eu me mudei e não tive muito a ver com ele, e algumas semanas depois conheci Bernadette Roberts e comecei a ir a suas palestras e retiros e foi só depois de conhecer alguém tão real e genuíno como Bernadette que eu vi em retrospectiva que absurdo Robert Adams estava aprontando. Agora parece uma grande risada, mas no momento em que tudo isso parecia tão confuso e alguém se apresenta com tanta confiança e fala com tanta autoridade que é difícil não se deixar enganar por eles.

P: O que Bernadette disse sobre autoinquirição e foco em si mesmo?
R: Minha interpretação do que ela ensinou é que existem dois tipos de movimentos internos. Um é o loop auto-reflexivo do ego. Quando você passa muito tempo focando em si mesmo, pode glorificar o ciclo auto-reflexivo ao ponto de se convencer de que é Divino. Ela disse que viu muito disso nos ensinamentos “espirituais” modernos. O ciclo auto-reflexivo é muito atraente para os narcisistas porque eles já são extremamente obcecados por si mesmos. O verdadeiro movimento espiritual não é focar em “si mesmo”, mas envolve o centro imóvel, aquele ponto imóvel que nunca mudou em meio a todas as idas e vindas da vida.
Eu encontrei esta citação de Robert Adams:


“Robert: [...] Conforme você fica se referindo a si mesmo e dizendo: 'Quem sou eu?' o 'eu' se torna mais fraco e mais fraco e mais fraco. Eventualmente, ele tem que desaparecer, e então você está livre. ”


Na verdade, não, é assim que você fica cada vez mais preso no ciclo auto-reflexivo até que, eventualmente, começa a pensar que (o auto-senso separado) é Divino. Agora você pode se deleitar com a glória refletida de sua falsa “Divindade”, sentar em um estrado e ser honrado. Em sua mente, você se tornou um ser superior aos outros e pode dizer-lhes que glorifiquem o ego também como remédio para a baixa auto-estima. Na verdade, amar o seu ego é um passo à frente do ódio por si mesmo e da baixa auto-estima em que a maioria das pessoas se encontra, mas nada como a liberdade real.
Aqui está outra citação de Robert Adams:


“Comece a praticar este exercício. Olhando no espelho, comece por talvez um minuto, então você passa para dois minutos, três minutos, quatro minutos, cinco minutos. Olhe para você. Admita a verdade para si mesmo. “Eu sou Brahman. Eu sou a realidade final. Eu sou um espaço sem limites. Eu sou o atman, a inteligência perfeita, um sem o outro, que tudo permeia, o eu perfeito. ” E se você dissesse isso a si mesmo todos os dias? O que você acha que teria acontecido? Se você se olhasse no espelho e fizesse isso todos os dias, você se tornaria o Deus que é. E você encontrará paz, paz total, amor total. ” ~ p. 838 obras completas de Robert Adams.


Olhar para sua autorreflexão no espelho, sua autoimagem, e repetir: “Eu sou Brahman, eu sou a realidade última”, é tentar divinizar sua própria autoimagem. Isso não termina em iluminação, termina em crack pot-ness e neurótica auto-refletida glória, que talvez não seja tão prejudicial para você quanto para seus seguidores (suprimento narcisista).
No geral, porém, não recomendo o material cristão de Bernadette a ninguém e não acho que seja adequado para os nossos tempos atuais. Mas ela era o verdadeiro negócio e sua empresa foi uma grande inspiração. Eu gosto de Swami Sarvapriyananda e Atmananda Krishna Menon, entre outros, para professores não-dualistas hoje em dia, mas uma coisa que Bernadette me disse que sempre me pareceu útil. Se você for sincero e verdadeiro, um caminho se abrirá para você. A partir daí, será apenas uma questão de permanecer verdadeiro e sincero.

P: Você perguntou a Bernadette sobre autoinquirição?
R: Sim. Normalmente, a primeira coisa que ela perguntaria em troca seria sobre a noite escura da alma. Quando você investiga profundamente sua verdadeira natureza, fica cara a cara com o vazio. Este é o vazio do qual todos estão fugindo, não apenas as pessoas espirituais, mas todos. As pessoas espirituais muitas vezes se apegam ao amor, à bem-aventurança e à felicidade como proteção contra seu próprio vazio. Falando de maneira geral, se um professor ou professor não fala sobre entrar naquele vazio, aquele vazio em que a morte pareceria infinitamente melhor, isso significa que eles simplesmente não chegaram tão longe e, em vez disso, cavaram em outro buraco, desta vez, um dos amor e luz. O vazio contém tudo - amor, ódio, alegria, miséria, vida, morte - está tudo bem com tudo.
É por isso que o verdadeiro “atma vichara” é mais sobre: ​​auto-investigação e não um apego ao pensamento “eu” ou sentimento “eu”. Quando você aponta para si mesmo, você está apontando para o nada, o vazio, e geralmente esse vazio é o que todos querem evitar. Você ouve em todos os lugares, "Eu me senti tão vazio". O vazio é geralmente o pior pesadelo de todos. Mas isso ainda não chegou ao vazio porque ainda existe um “você” experimentando isso. Isso tem que ser visto.

P: Qual é a diferença entre "prática" e "investigação".
R: Uma prática é quando você faz a mesma coisa repetidamente, talvez tentando fazer melhor a cada vez.
Uma investigação é uma busca em primeira mão para descobrir a verdade. Essas são coisas muito diferentes.
Digamos que eu determine que sou um tubo físico que leva o alimento por um lado e o excreta pelo outro. Ninguém pode realmente argumentar sobre isso como sendo o que eu sou, de um certo nível. Então, a partir daí, posso praticar me agarrar ao sentido "Eu sou Brahman." E com a prática posso ter a sensação de que "Eu sou Divino". Mas, inconscientemente, não descartei totalmente a identidade do tubo. Eu deifiquei isso. Você pode deificar sua própria imagem, seu passado, sua própria energia, sua energia kundalini, seu ser separado. Em sua mente, você pode divinizar qualquer coisa que possa considerar-se.
Mas uma investigação é diferente. É quando você começa a questionar: "Eu sou realmente um tubo que leva comida?" Talvez eu seja outra coisa? Talvez eu seja energia. Talvez eu seja percepção. Talvez eu seja amor, felicidade ou consciência. Você não para de investigar até ter certeza do que realmente é. Isso não é uma prática, é uma busca.

(Observação: os leitores podem estar interessados ​​nesta conversa no blog de Michael James, envolvendo a filha de Arthur Osborne, Katya, que morava no Ramana Ashram durante todo o período em que Robert Adams alegou estar lá. Seus comentários estão em vermelho.)

Link da página do site de discussão:


https://happinessofbeing.blogspot.com/2019/11/ego-seems-to-exist-only-when-we-look.html?commentPage=1


Michael James disse…
Salazar, em seu comentário de 14 de novembro de 2019 às 21h08, você escreve que Robert Adams alegou que ficou na casa de Arthur Osborne e uma tarde Bhagavan entrou em seu quarto e lhe deu uma manga. O que você escreve parece ser um resumo do que ele disse em 2 de agosto de 1992, conforme registrado nas páginas 2839-40 deste  https://robert-adams.ru/wp-content/uploads/sites/21/2019/01/Robert_Adams_Transcripts -English.pdf Transcrição de 3652 páginas de 'Robert Adams Satsangs' de agosto de 1990 a junho de 1993, na qual ele disse: 'Eu estava morando no ashram de Ramana por cerca de um ano e meio. Era final de 1948. Fiquei com Arthur Osborne, em sua casa. Naqueles dias, quando os estrangeiros vinham, eles ficavam com Arthur Osborne na maior parte do tempo sem que ele soubesse. E em uma noite em particular, por volta das 4 horas, Sri Ramana entrou na cabana e me trouxe uma manga. ' Ele fez uma afirmação semelhante uma semana depois, em 9 de agosto de 1992, quando disse, conforme registrado na página 2868: 'Em 1948, eu estava na casa de Arthur Osborne perto do ashram de Ramana. E Ramana costumava entrar lá de vez em quando. Ele chegou um dia, sentou-se e começou a falar sobre não reagir às coisas. ' Para esclarecer as coisas, apesar do que ele alegou, Robert Adams nunca ficou na casa ou complexo dos Osborne, e Bhagavan nunca visitou lá. Como Katya Douglas (anteriormente Kitty Osborne) escreveu para mim hoje,

'Nossa casa em Tiruvannamalai era ... e é ... minúscula e NINGUÉM poderia ficar nela sem nós sabermos. Que ideia ridícula. Bhagavan NUNCA veio à nossa casa, isso é pura fantasia, uma maneira educada de dizer que é mentira! '

Não sei por que Robert inventou tais histórias, mas tais afirmações patentemente falsas colocam em questão todas as suas afirmações sobre ter conhecido Bhagavan e ter vivido lá por tanto tempo naqueles dias.
Fiquei sabendo dessa afirmação de que Robert ficou na casa dos Osborne apenas no último fim de semana em uma reunião da Fundação Ramana Maharshi aqui em Londres, quando um amigo veio até mim e disse algo no sentido: 'Você sabe que as pessoas dizem que não alguém no ashram se lembra de ter visto Robert Adams quando ele ficou com Bhagavan. Bem, aparentemente Kitty Osborne se lembra dele, porque David Godman escreveu em seu vídeo sobre Robert que o pai dela lhe emprestou o carro para que ele pudesse viajar pela Índia ”. Fiquei vagamente surpreso ao ouvir isso, porque me pareceu bastante implausível, mas não pensei mais nisso até que vi o comentário que Asun escreveu em 14 de novembro de 2019 às 12h15 perguntando: 'A propósito, você leu a carta de Kitty Osborne negando a informação que, de acordo com David Godman, ele obteve dela,
Isso me levou a fazer uma verificação de fatos, então eu pesquisei e encontrei o vídeo de David  https://youtu.be/KIo0AbN8LzA  Robert Adams e Ramana Maharshi, sob o qual ele escreveu um comentário há seis anos dizendo: 'Eu dei esta entrevista há dez anos atrás. Naquela época, eu não conhecia ninguém que tivesse conhecido Robert em Tiruvannamalai. Desde então, descobri que ele era bem conhecido pela família Osborne. Arthur escreveu ou editou três livros sobre Ramana. Ele gostou tanto de Robert que deu a Robert seu único carro para que Robert pudesse dirigir pela Índia após a morte de Sri Ramana. Recebi esta informação da filha de Arthur, Katya, que se lembra de ter ficado irritada porque o veículo de sua família havia sido doado. ' No entanto, sob este comentário, há uma resposta escrita há dois anos por alguém chamado Steven Strouth dizendo:
Este é um e-mail de Katya Osborne contestando esta afirmação que você está fazendo:


“Caro [...], gostaria de esclarecer alguns equívocos óbvios em que você foi levado a acreditar sobre Robert Adams, etc. Em primeiro lugar, nunca, até agora, tinha ouvido falar de Robert Adams. Não digo que ele nunca tenha visitado Ramanashramam, eu não o teria necessariamente conhecido se ele tivesse, mas ele certamente não ficou lá por 3 anos, pois eu certamente o teria conhecido nesse caso.
Em segundo lugar, a história de Bhagavan dando-lhe atenção especial e tendo comida servida em seu quarto é um absurdo. Bhagavan não fez esse tipo de coisa. Só posso pensar que pode ser uma desculpa apresentada para explicar por que ninguém o viu!
Em terceiro lugar, nossa família nunca teve um carro, então era impossível para meu pai tê-lo doado. Não consigo entender como David Godman teve a ideia de que eu fazia parte de toda aquela fantasia. O único negócio relacionado a um carro foi quando um amigo de meus pais, Louis Hartz, importou um carro para a Índia para seu próprio uso, e quando ele estava pronto para deixar o país, ele ofereceu o carro a meu pai. Meu pai recusou, explicando que não precisava de carro. Fim da história. Não consigo entender como posso ser tão mal citado enquanto ainda estou vivo e minha memória está em bom estado de funcionamento. Certamente, a menor verificação de fatos endireitaria as coisas?
Por último, devo salientar que era completamente impossível para meu pai ter dado dinheiro a 'Robert Adams', pois até 1948 vivíamos com uma pensão de guerra para a qual ele se qualificou após 4 anos em um campo de concentração em Bangkok. Naqueles anos, mal tínhamos o suficiente para viver e, certamente, não tínhamos o suficiente para doar.
Li o obituário escrito em 1997. Parece que foi bem intencionado, mas baseado principalmente em boatos. Este é um problema recorrente quando as pessoas escrevem sobre qualquer coisa relacionada com Ramana Maharishi. Restaram tão poucos de nós que estivemos lá naquela época, e muitas pessoas preferem as histórias que lhes foram contadas sem referência aos fatos.
Para reiterar: gostaria de deixar bem claro que nunca conheci ou ouvi falar de Robert Adams até ler sua carta.
Em segundo lugar, a história do carro é completamente espúria.
Atenciosamente,
Kitty Osborne ”


Portanto, escrevi para Katya por meio de um amigo em comum para perguntar se há alguma verdade no que David escreveu, ou se o e-mail citado por Steven Strouth foi realmente escrito por ela, e ela respondeu confirmando que havia escrito aquele e-mail e que ela também tinha enviado uma cópia para David, que respondeu a ela dizendo: 'Recebi a história de segunda mão de alguém que disse que você era a fonte. Não vou citá-lo novamente como fonte e, se alguém perguntar, direi que a história do carro é falsa. Obrigado por me deixar saber sobre isso'.
Michael James disse ...
Em sua primeira resposta para mim, Katya escreveu:

- Não consigo me lembrar de Robert Adams, porque nunca o conheci, nem mesmo ouvi falar em seu nome até recentemente. Meu pai não poderia ter lhe emprestado um carro porque não tinha um. Nenhum dos meus pais dirigia. A coisa toda parece uma fantasia completa '.


Em outro e-mail que ela me escreveu hoje, ela disse:


“É profundamente ofensivo quando as pessoas inventam histórias sobre Bhagavan e fingem que são verdadeiras. Todos nós sabemos que ser um assim chamado 'guru' é a maior viagem do ego possível, e algumas pessoas simplesmente não conseguem resistir. Devotos de Bhagavan ... especialmente aqueles que vivem ao redor do ashram e têm acesso a todos os escritos e algumas pessoas daquela época, têm uma responsabilidade particular de tentar, tanto quanto possível, manter a autenticidade das palavras e ações de Bhagavan. Inventar coisas e publicá-las como fatos é imperdoável e, portanto, perdoar outros que fazem o mesmo. Direi novamente que Bhagavan NUNCA veio à nossa casa para uma visita ou um bate-papo. Robert Adams NUNCA ficou em nossa casa e NUNCA lhe emprestamos um carro que não tínhamos em nenhum caso. Ele inventou todas essas histórias, obviamente para dar a si mesmo um pouco do brilho roubado de Bhagavan. É patético. Qualquer coisa que você puder fazer para acabar com essas histórias totalmente inventadas, por favor, vá em frente e faça com minhas bênçãos. '

Michael James disse ...
Para registro, na continuação dos meus três comentários anteriores, outra observação que Katya fez ao escrever para mim hoje foi:

'Bhagavan nunca teria vindo visitar ninguém e oferecer frutas. Ele simplesmente nunca fez nada assim '.


Katya me escreveu hoje:


“Caro Michael, Acabei de me deparar com um comentário de alguém que ele tinha visto nossa casa na Tvm e não parecia nada pequena! Estou comovido para elucidar. Quando meus pais estavam vivos, nossa casa consistia em 2 quartos no andar de baixo, mais um banheiro. Havia uma sala no topo onde colocamos os convidados. O banheiro no andar de baixo era usado por todos, incluindo quaisquer sapos ou cobras que quisessem esfriar. Nós, crianças, dormíamos por todo lado na varanda. Pegamos nossas camas ... o tipo de berço de fita que se pode carregar facilmente ... e prendemos nossas redes mosquiteiras a alguns dos numerosos pregos que decoravam as paredes. Eu chamo isso de uma casa minúscula. Depois que minha mãe morreu, construí bastante na casa para que minha família pudesse ter quartos normais, etc. Também construí mais banheiros e uma cozinha. Antigamente costumávamos cozinhar fora, ou quando chovia havia um fogão a querosene na passagem de onde comíamos na varanda. Tentar imaginar um convidado desconhecido rastejando por ali sem ser notado me faz rir.
Ainda não consigo chegar a um acordo com pessoas que estão tão desesperadas para serem reconhecidas como mestres espirituais que contam mentiras descaradas sobre tudo e todos. Eles até mentem sobre Bhagavan. Isso me parece o máximo em desrespeito.
Atenciosamente, Kitty Osborne ”


[Fim dos comentários de Michael James.]


Outro comentarista A. Dostal no mesmo site adicionou este comentário perspicaz:


Existem outras cifras alarmantes na biografia * de R. Adams (suas afirmações, comunicações pessoais) que Robert doou a Ramanashram e três anos depois recebeu de Arthur Osborne, $ 7000:
Da biografia da saga Rober Adams:


… .Robert ficou no Ramana Ashram por pouco mais de três anos. Na época, os visitantes não podiam ficar muito tempo, então ele morava em cavernas acima do Ashram. Durante seu tempo lá, ele comprou um jipe ​​para o Ashram para trazer suprimentos da cidade e ajudou a construir um grande hospital no Ashram usando o dinheiro de uma herança…. (Robert doou cerca de US $ 7.000).
(…) Depois que Ramana morreu, Robert queria visitar vários outros santos na Índia, mas não tinha mais dinheiro. O famoso biógrafo de Ramana, Arthur Osborne (residente de Ramanashram), ouviu sobre a situação e os feitos de Robert e deu-lhe $ 7.000 para continuar suas viagens e educação espiritual. Da maneira estranha como essas coisas acontecem, que é minha própria experiência; essa foi exatamente a quantia que gastou no jipe ​​e no hospital. (“Certa vez, dei a Robert US $ 7.000 em 1990, quando ainda tinha dinheiro. Ele disse que era um investimento no negócio de costura de roupas de sua esposa para venda a varejistas e em feiras de troca. No entanto, no fundo do meu coração, eu sabia que esse era o meu primeira doação para seu apoio. $ 7.000 parece ser uma figura significativa em nossa linhagem. No entanto, corrigido pela inflação, caso alguém se importe, esse montante de 1942 seria de cerca de $ 70.000 em dólares de 2006 ”por Ed Muzika,

Todos podem imaginar que tipo de quantias em dólares R. Adams falou em suas palestras durante sua visita ao Ramanashram em 1946-7. Suponha que Robert tenha trocado $ 7000 na Índia 1946-7, ele recebeu algo em torno de 23.000 rúpias (taxa de câmbio em 46-7, online), então estamos falando de números “astronômicos” aqui. Quando um motorista de riquixá indiano ganhava 10 rúpias por mês em 1947.


David Godman anotou sua palestra sobre R. Adams no YT na discussão abaixo no vídeo as críticas foram muito preocupantes sobre as declarações sobre dinheiro / carro de R. Adams em 1946-7 e incluiu algumas declarações em primeira mão de Katy Osborne (filha A. Osborne, que estava lá em 1946-7) e outros discípulos americanos de R. Adams. Na verdade, não há nenhum registro comprovado ou lembrança sobre um doador generoso e a propriedade de um carro em Ramanasram em 1946-7. Não sei o que pensar sobre isso ...? ”

(Este artigo pode ser reimpresso ou republicado livremente sem contato com o autor).

[Nota: Este artigo foi publicado originalmente com a data da primeira reunião em 1985. Descobri que a data real era 1986. Mudei imediatamente.]

FONTE ORIGINAL:
 https://selfreflexiveloopphotography.photo.blog/2020/02/10/the-mystery-of-robert-adams-did-he-really-meet-ramana-maharshi-and-the-sages-of-india/?fbclid=IwAR3SPUYv2MJR1oT43u06TeM77APeH4HpGkp04v5L3hzgcCYxbHStzImKzko