( Mais
uma vez a afirmação de Ouspensky de que é preciso separar a pessoa Gurdjieff
de seus ensinamentos ganha força . Não se trata aqui de diminuir o valor de um
mestre que tanto contribuiu para a expansão do verdadeiro conhecimento.
Todavia, é importante encararmos a verdade, pois esta é a única forma de aceitarmos nossas próprias limitações e
jornada. Gurdjieff nos deixou um grande legado, mas compreender sua verdadeira
história, falhas e imperfeições é fundamental à compreensão de nossa complexa jornada interior- cheia de percalços, dificuldades e acontecimentos que- muitas
vezes não conseguimos compreender - alsibar.)
Eu sou…?
Mas o que aconteceu com aquele vasto-sentido da totalidade de mim mesmo, que antes estava sempre em mim nos
exatos momentos de auto-questionamentos, durante o processo de lembrança de si?
Será possível que esta habilidade
interna -alcançada por mim graças a todo tipo de auto-negação e persistente auto-motivação– deva simplesmente desaparecer, exatamente agora quando sua influência para
meu Ser é mais necessária do que o próprio ar?
Não pode ser!... Algo aqui não está correto!
Se isto é verdade, então tudo na esfera da
razão é sem lógica!
Mas em mim ainda não está atrofiada a
possibilidade de realizar um trabalho consciente e sofrimento intencional!...
De acordo com todos os eventos passados eu
ainda devo ser.
Eu desejo!... e eu
serei!
Além disso, meu Ser é necessário não apenas
para meu egoísmo pessoal mas também para o bem estar de toda humanidade.
Meu Ser é realmente necessário para todas as
pessoas; mais necessário para eles
do que sua própria alegria e felicidade de hoje.
Eu ainda desejo ser, eu ainda sou!
George I. Gurdjieff – da série “ Sobre tudo e
todas as coisas”
Tradução: alsibar
Grande texto! Mais uma vez questionamentos. Um Mestre questionando seu caminho. Raro isso. Mas como conversamos por aqui, os tais "restinhos" de ego. Gurdjieff foi dos mais autênticos Mestres, pois questionou-se EM PÚBLICO de suas falhas. O admiramos por isso. Obrigado,
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