(Nota do Alsibar: O texto a seguir não é meu. Encontrei-o por indicação de um Internauta. Grato ao Internauta, a Atena ( dona do Blog) e à autora deste magnifíco trabalho de alerta e conscientização. Muito grato a todos. Namastê!)
O texto a seguir é de autoria de Mariana Caplan, PhD, psicoterapeuta especializada em questões espirituais e somáticas, professora de yoga e psicóloga transpessoal, pesquisadora com mais de duas décadas em tradições místicas tanto ocidentais quanto orientais.. É autora de sete livros e numerosos artigos sobre espiritualidade ocidental.
Publico-o hoje aqui como mais um alerta para haver discernimento e lucidez àqueles que estão empenhados em sua busca espiritual.
As seguintes 10 categorias não pretendem ser definitivas, mas são oferecidas como uma ferramenta para tomar-se consciência das mais comuns doenças espirituais transmissíveis.
1. A Espiritualidade Fast-Food: Misture a espiritualidade com uma cultura que celebra a velocidade, a multitarefa e a gratificação instantânea e o resultado é provável que seja a espiritualidade fast-food. A espiritualidade fast-food é um produto da fantasia comum e compreensível de que o alívio do sofrimento da nossa condição humana pode ser rápida e fácil. Uma coisa porém é certa: a transformação espiritual não pode ser obtida em uma solução rápida.
2. Falsa Espiritualidade: a espiritualidade do falso é a tendência de falar, vestir e agir como se imagina que uma pessoa espiritual seja. É uma espécie de imitação da espiritualidade que imita a realização espiritual à maneira do tecido estampado de pele de onça que imita a pele genuína de uma onça. (Aqui nós encontramos aquelas pessoas que estão sempre sorrindo e sendo boazinhas, que não dizem palavrões e que jamais se irritam ou perdem a calma. Pelo menos, aparentemente)
3. Motivações Confusas: Embora o nosso desejo de crescer seja genuíno e puro, muitas vezes ele se confunde com motivações menores, incluindo o desejo de ser amado, o desejo de pertencer, a necessidade de preencher nosso vazio interior. A crença de que o caminho espiritual removerá o nosso sofrimento e ambição espiritual, o desejo de ser especial, de ser melhor do que, de ser "o único".
4. Identificando-se com Experiências Espirituais: Nesta doença, o ego se identifica com a nossa experiência espiritual e a toma como sua própria, e nós começamos a acreditar que estamos incorporando insights e idéias que surgiram dentro de nós em determinado momento. Na maioria dos casos, isso não dura indefinidamente, embora tenda a perdurar por longos períodos de tempo para aqueles que se julgam iluminados e/ou que trabalham como professores espirituais.
5. O Ego Espiritualizado: Essa doença ocorre quando a própria estrutura da personalidade egóica se torna profundamente integrada com conceitos espirituais e ideias. O resultado é uma estrutura egóica, que é "à prova de bala." Quando o ego se torna espiritualizado somos invulneráveis a ajudar, a novas informações ou a feedbacks construtivos. Nos tornamos seres humanos impenetráveis, travados em nosso crescimento espiritual, tudo em nome da espiritualidade.
6. Produção em Massa de Professores Espirituais: Há uma série de tradições espirituais em moda atualmente que produzem pessoas que acreditam estar em um nível de iluminação espiritual ou maestria muito além de seu nível real. Esta doença funciona como uma correia transportadora espiritual: coloca um brilho, leva àquele insight, e - bam! - você está iluminado e pronto para iluminar os outros de maneira similar. O problema não é aquilo que tais professores ensinam, mas representarem a si próprios como tendo realizado a maestria espiritual.
7. Orgulho Espiritual: O orgulho espiritual surge quando o profissional, através de anos de esforço trabalhado efetivamente, alcançou certo nível de sabedoria e usa esse conhecimento para recusar novas experiências. Um sentimento de "superioridade espiritual" é outro sintoma desta doença transmitida espiritualmente. Ela se manifesta como uma sensação sutil de: "eu sou melhor, mais sábio e acima dos outros porque sou espiritual".
8. Mente de Grupo: Também conhecido como o pensamento grupal, mentalidade de culto ou doença ashram. A mente de grupo é um vírus insidioso que contém muitos elementos tradicionais da co-dependência. Um grupo espiritual faz acordos sutis e inconscientes sobre as formas corretas de pensar, falar, vestir e agir. Indivíduos e grupos infectados com o "espírito de grupo" rejeitam indivíduos, atitudes e circunstâncias que não estão em conformidade com as regras, muitas vezes não escritas, do grupo.
9. O Complexo de Povo Escolhido: O complexo de pessoas escolhidas não se limita aos judeus. É a crença de que: "o nosso grupo é mais poderoso, iluminado, evoluído espiritualmente e melhor do que qualquer outro grupo". Há uma distinção importante sobre o reconhecimento de que alguém encontrou o caminho certo ou o professor ou a comunidade certa para si e, o tendo encontrado, aquele é O Único.
10. O Vírus Mortal: "Eu Cheguei": Esta doença é tão potente que tem a capacidade de ser terminal e mortal para a nossa evolução espiritual. Esta é a crença do "Eu cheguei" na meta final do caminho espiritual. Nosso progresso espiritual termina no ponto em que essa crença se cristalizou em nossa psique. No momento em que começamos a acreditar que chegamos ao fim do caminho, um maior crescimento cessa.
"A essência do amor é a percepção", de acordo com os ensinamentos de Marc Gafni, "Portanto, a essência do amor próprio é a auto-percepção Você só pode se apaixonar por alguém que você pode ver claramente – incluindo a si mesmo. Amar é ter olhos para ver. É só quando você se vê claramente que pode começar a se amar ".
É no espírito dos ensinamentos de Marc que eu acredito que uma parte crítica do discernimento da aprendizagem no caminho espiritual é a descoberta da doença generalizada do ego e do auto-engano que está em todos nós. Ou seja, é quando precisamos de senso de humor e do apoio de amigos espirituais reais. À medida que enfrentamos nossos obstáculos para o crescimento espiritual, há momentos em que é fácil cair em um sentimento de desespero e auto-diminuição e perder nossa confiança no caminho. Precisamos manter a fé em nós mesmos e nos outros a fim de realmente fazer a diferença neste mundo.
Mariana Caplan, Ph.D.
Autora de “Eyes Wide Open” (Olhos Bem Abertos): Cultivando o Discernimento no Caminho Espiritual
Ótimo texto e é algo de profunda reflexão, parabéns pelo seu Blog.
ResponderExcluirPaz e Luz
Sim! são essas dez doenças doentes. Nos meus chatosangues eu previno meus seguidores de tudo isso e a não me seguirem, pois não sou cadela no cio. Assim, você pode me seguir tranquilamente.
ResponderExcluirAlzi-bar, gurus tipo "cadela no cio" é que espalham esse vírus aí que essa dona falou.
Eu como, vc sabe, não tenho orgão sexual para tentar ninguém. Relex amigo.
Sim! Alzibar, perdoe os erros de pontuação que não foram propositais, é que não sou terráquio nem brasileiro nem estrangeiro.
ResponderExcluirObrigado.
Sim! ps: pf, diga ao NJ que este guru está pronto para ajudá-lo, mas se ele te mandar prá.... melhor esquecer rs...
ResponderExcluirVc deve ser o Super Victor, o protetor dos iludidos e dos autoenganados....rsrsrs Até próxima amigo!
ResponderExcluir... Vacina: Extrato Concentrado de Krishnamurti Liofilizado em aplicações intratecais diárias, "ad aeternum"...
ResponderExcluirKKKKKKKK... Grande Lobo da Caatinga! Adorei suas colocações e sua escrita encantadoramente poética, filosoficamente apurada e sabiamente divertida! É sempre um prazer degustar frases saborosas e bem feitas! Obrigado amigo! Fraterabraços!
ResponderExcluirObrigado por compartilhar este conhecimento que sem dúvida ajudara aos buscadores sinceros, que mesmo errando, continuam a buscar a liberdade!
ResponderExcluirMuito grata Alsibar !
ResponderExcluirAlexandre, já que o texto não é seu, permito-me tecer críticas hehehe
ResponderExcluirEla não deixou espaço pra nada. Do jeito que ela escreveu é melhor desistir, pois todo mundo está "infectado" de algum modo.
Pra não apresentar nenhum desses sintomas é melhor apenas observar, ficar a distância, não se aproximar de nenhum desses "leprosos" fanáticos, uma atitude cética, nietzschiana por excelência. Esse era o objetivo dela?
Felizmente, não é assim que funciona.
O caminho para Deus não é uma linha reta. Antes, emaranhados, idas e vindas, erros e acertos, quedas e saltos, sombras e luzes.
"Deus não está preocupado com seus erros, mas com sua indiferença", ensinou Yogananda. Para Jesus, a ovelha perdida tem valor infinito.
Aos "trancos e barrancos" vamos sendo admitidos na Consciência Cósmica. Ao chegarmos, daremos boas gargalhadas do jogo divino e a confusão causada nas consciências não iluminadas, incluindo ela própria em sua ignorância pretérita.
Obrigado Arnóbio pela participação. Eu realmente não acho que vocês discordaram em nada amigo. Pelo contrário, acho que você complementou. Principalmente se você comparar com a última parte do artigo:
ResponderExcluir"É no espírito dos ensinamentos de Marc que eu acredito que uma parte crítica do discernimento da aprendizagem no caminho espiritual é a descoberta da doença generalizada do ego e do auto-engano que está em todos nós. Ou seja, é quando precisamos de senso de humor e do apoio de amigos espirituais reais. À medida que enfrentamos nossos obstáculos para o crescimento espiritual, há momentos em que é fácil cair em um sentimento de desespero e auto-diminuição e perder nossa confiança no caminho. Precisamos manter a fé em nós mesmos e nos outros a fim de realmente fazer a diferença neste mundo."
Ela não fala, nem critica os caminhos espirituais verdadeiros- apenas aqueles que levam à ilusão e ao engano.
Abraços amigo!
_/\_
Uma máxima do cancioneiro popular diz muito: "Tudo está no seu lugar, graças a Deus, graças a Deus...".
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