terça-feira, 1 de outubro de 2024

" A OBSERVAÇÃO SEM OBSERVADOR - A ESSÊNCIA DOS ENSINAMENTOS DE kRISHNAMURTI" NOVO LIVRO DE ALSIBAR PAZ



Para alcançarmos a totalidade de uma percepção gravada em qualquer mídia — seja escrita, oral, em vídeo ou áudio — é fundamental termos alguém que não esteja separado da época e da interconexão social do momento da transmissão. Um instrutor busca auxiliar as pessoas que vivem naquele contexto histórico e o impacto causado nas futuras gerações é uma consequência natural de sua ação solícita em promover uma vida social embasada na inteligência amorosa, fraternal e cooperativa.

 

Por exemplo, o emissário Paulo de Tarso conseguiu traduzir em sua vida e escritos, a essência de Cristo: profundamente amoroso e benigno para com todos os povos, muitas vezes rigoroso com as autoridades religiosas de sua cultura. Após o seu grande despertar, Saulo alcançou uma maior percepção da mensagem de Cristo compreendendo as injustiças e divisões que ele tanto combateu, injustiças essas que ele próprio, quando ainda era um extremista religioso, cometeu.

 

Avançando para a nossa era e falando de Jiddu Krishnamurti, é fundamental entender o mundo em que ele atuava: um cenário de guerras mundiais, corrupção religiosa, afloramento da psiquiatria e psicanálise, surgimento de diversas teorias científicas com grandes impactos na medicina e tecnologia. Além disso, havia uma invasão de sociedades filosóficas e espiritualistas, criando um sincretismo entre dogmas, culturas e pensamentos orientais e ocidentais, resultando em impactos profundos nos ensinamentos tradicionais como a Yoga e a meditação, com seus inúmeros autoproclamados gurus e líderes espirituais.

 

Hoje, em meio à transformação gerada pela internet, computadores e smartphones, enfrentamos um excesso de informações fragmentadas, gerando, muitas vezes, desinformação. A ideia de misturar tudo e criar uma "vitamina" para livrar o ser humano da angústia é ilusória. Nesse contexto, a Sabedoria Universal trouxe pessoas como o Professor Alsibar Paz com a missão de organizar e colocar cada coisa em seu devido lugar. Num momento em que há muita confusão sobre a equivalência entre os ensinamentos de Osho e Krishnamurti, é vital que alguém com a vivência e percepção profunda desses movimentos possa esclarecer e orientar acerca do caminho do  correto aprendizado, ou seria melhor dizer, desaprendizado?

O Professor Alsibar, com sua experiência e  profundo entendimento, afirma categoricamente que há grandes diferenças entre os ensinamentos de Jiddu Krishnamurti e os líderes da Nova Era — algo que ele pode afirmar com propriedade devido à sua experiência, práticas e vivência nesses movimentos. Muitos, como eu, já foram seduzidos por palavras bonitas e poéticas de escritores e líderes espirituais famosos. Essas palavras servem, muitas vezes,  como um anestésico para nossos conflitos internos, mas não nos libertam do ciclo vicioso do conflito, hipnose, torpor e prazer.

 

Imaginemos que estávamos na Galileia ouvindo o Sermão da Montanha diretamente de Cristo há dois mil anos. Embora maravilhados, nosso intelecto não conseguia traduzir completamente aquilo que ouvimos. Depois, ao longo dos séculos, ouvimos muitas inverdades sobre Cristo e a humanidade acabou esquecendo suas palavras. Hoje, ouvimos que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, ou que o “observador é a coisa observada”. Mas apenas saber recitar essas palavras não nos garante nada.

Então, por que ainda vivemos em sofrimento e conflito? Por que não existe uma transformação individual e social que faça da vida uma escola onde possamos aprender a cada dia e momento? Como alguém pode defender uma ideologia política e, ao mesmo tempo, citar Krishnamurti ou afirmar que existe um método de meditação krishnamurtiano?

Tais incongruências são esclarecidas pelo Professor Alsibar neste livro. Uma obra incrível e factual, nascida da didática e da busca de um homem comprometido em aliviar o sofrimento humano, elucidar dúvidas e que é, ele mesmo, a prova viva das suas descobertas e constatações. Ele fala com propriedade, verdade e simplicidade sobre assuntos tão complexos que ficamos perplexos e com aquele sentimento de : " poxa era só isso? Agora tudo faz sentido! ”

Os apontamentos deste livro são frutos de uma vida dedicada ao ensino e à busca sincera pela percepção clara e simples da espiritualidade. Muitos deles são respostas a questões propostas por pessoas em diálogos. De uma forma única e original,  o professor nos proporciona explicações que servem para todas as gerações, independente se a pessoa conhece Krishnamurti há anos ou nunca ouviu falar dele. A vida é exaltada nesta obra de uma forma que abrange todos os campos da nossa mente, independentemente da profissão, crença ou formação. O único requisito para a leitura deste livro é ser humano. Se você deseja ter um encontro profundo e genuíno com a sua humanidade, é isso que encontrará nas páginas seguintes.

Já para os fãs e admiradores de Krishnamurti, o autor  possibilita uma tradução fidedigna do grande instrutor indiano, graças ao seu profundo conhecimento do inglês e a vivência direta  dos ensinamentos. Meu propósito com estas palavras é unicamente incentivar aqueles que estão na caminhada espiritual a se aprofundarem em cada apontamento aqui publicado. Não percam a oportunidade de perceber, aprender e desaprender.

É uma grande oportunidade, e se este livro chegou até nós, é porque a graça nos sobreveio.

Por: Paulo Pacheco

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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

A VIAGEM CÍCLICA DO DESPERTAR by Alsibar Paz

 

Quando começamos a busca espiritual imaginamos que ela é uma viagem única com começo, meio e fim. Nada mais equivocado. O problema é que só vamos descobrir isso muito tempo depois com o despertar. E, como nem todos despertam, dificilmente ficam sabendo disso. A viagem do despertar é marcada por vários ciclos e fases que terminam e se abrem para novas experiências, perspectivas e percepções.

Portanto, imaginar que a pessoa irá passar alguns anos investigando, conhecendo gurus, praticando métodos e "sadhanas" até se iluminar e tornar-se um mestre espiritual famoso e rico - não passa de uma grande ilusão alimentada pela cultura, literatura e por nossos próprios desejos. Como bem representado no ' Pastoreio do Touro' Zen, depois do despertar, o sujeito volta para a sua vida comum, se íntegra à sociedade, sem nenhum traço ostensivo de iluminação.

Isso explica muita coisa. Por exemplo: muitos têm um despertar na juventude ou adolescência, depois esquecem e vão viver suas vidas ' comuns'. Outros, seguem uma vida dedicada à espiritualidade, mas então vêm as demandas da sociedade moderna, a fama, o dinheiro e acabam 'caindo' vítima de forças que não aprenderam a lidar. Algumas vezes, se metem em escândalos, problemas e até crimes que terminam por destruir sua carreira de guru ou instrutor espiritual.

Toda essa reflexão nos leva à seguinte conclusão: nem todos seguirão a carreira de "guru" após o seu despertar. E o motivo é simples: só depois que a pessoa desperta para a verdade acerca de si mesma, é que ela vai encontrar sua verdadeira vocação que pode não ter nada a ver com espiritualidade. O sujeito pode ser "chamado" a aprender novas lições e desenvolver novos potenciais na família, no matrimônio, na gestação de um filho, na arte, na educação, medicina, tecnologia, ciência, comunicação social, engenharia ou qualquer outra área/atividade. Tudo depende do 'chamado', da vocação e do momento/fase de cada um.

A verdade é que o despertar nada mais é do que ciclos de aprendizagem que se completam e finalizam, mas que se abrem para novos e maiores percepções em ciclos de aprendizagem sem fim.

Alsibar Paz

16/11/23

Participe do nosso grupo de MENTORIA para o DESPERTAR pelo whatsapp *. Adicione:

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*As contribuições são voluntárias.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

A CARTA DO LOUCO : O IMPULSO PARA O DESCONHECIDO


A CARTA DO LOUCO : O IMPULSO PARA O DESCONHECIDO 

By Alsibar Paz 

A carta do louco representa o impulso para o desconhecido, para o novo, para a mudança. Por ser a primeira carta do jogo, é ela que dá início à 'jornada do louco'  que é o próprio Tarô simbolizando a vida. É esse impulso em nós que nos empurra para o movimento, impedindo que caiamos na mesmice, no comodismo, na estagnação.

Vemos a energia psíquica do louco em ação em diversos momentos importantes de nossa vida sendo, o nascimento, a mais representativa delas. Quando o bebê nasce e se joga em um mundo desconhecido, cheio de perigos e possibilidades, lá está o arquétipo do louco em ação. Quando o filho, já adulto, deixa a proteção e segurança do lar, em busca de seu próprio destino, está lá o impulso do louco. Quando se casa e abraça uma nova etapa na vida de incertezas e novas perspectivas, nem sempre seguras, lá está o poder do louco. Quando, depois de anos casado, se separa por algum motivo e busca um novo relacionamento - é o louco atuando de maneira profunda nos recantos secretos da psique. Quando morremos e mergulhamos na dimensão desconhecida da morte, eis o louco presidindo nossa cartada final.

Você pode negar ou neutralizar o poder do louco em sua psique. Ninguém é escravo dos arquétipos psicológicos. Mas eles têm uma razão e função e, por isso, quando ignoramos o louco em nós, a vida pode, de repente, perder o sentido, a beleza e a magia. Quem nunca se entrega ao poder do 'louco" pode cair no abismo da monotonia,  tristeza e depressão. É o filho que nunca saiu da ' barra da saia da mãe' por medo e insegurança. É o casal que se mantém juntos mesmo infelizes e se odiando. É a pessoa que fez um concurso por causa da estabilidade financeira mesmo sem identificação com a profissão, mas se agarra àquela posição infeliz por causa da  segurança do cargo. É a pessoa que nunca muda de casa, de bairro ou cidade por medo do que possa encontrar. E assim por diante.

O Louco em nós tem dois aspectos: o negativo e o positivo. No primeiro caso, é o risco imaturo e irresponsável. Pessoas dominadas pelo aspecto negativo do louco não têm prudência, cuidado ou limites. Estão sempre procurando problemas, situações arriscadas e perigosas que, amiúde, terminam em tragédia, doença ou morte. Já em seu aspecto positivo, o louco aparece para nos dizer que é hora de se expandir, de se arriscar, de mudar,  crescer e amadurecer. 

No aspecto espiritual, o  louco representa aquele estranho impulso para o Desconhecido. Ou aquele momento em que o ego está para abandonar suas crenças, conceitos e conhecimentos para, finalmente, mergulhar na vastidão desconhecida do Silêncio. Já em termos premonitórios, o louco aponta para possibilidades de grandes mudanças na vida : um novo relacionamento, mudança de casa, cidade, casa, emprego, escola, viagem, etc.

Para podermos aproveitar todo potencial criativo do louco é preciso equilibrá-lo com a sensatez, a razão e a prudência. É um exercício constante de auto análise. Afinal: esse impulso é legítimo ou está apenas me levando para o abismo? Ele surge em boa hora ou é precipitado?

É isso que cada um deve analisar e responder  no seu dia a dia toda vez que  este impulso maravilhoso se manifestar. Ao ser  bem compreendido e liberado na hora certa, ele poderá nos proporcionar grandes lições que culminará em uma vida plena de significado , propósito e satisfação.

Alsibar Paz!

Tarólogo e Psicanalista 

@alsibarpaz

Consultas on-line : 085 99246 7667