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domingo, 17 de março de 2019

NÃO FOI UM “GAME OVER” OU O JOGO NÃO ACABOU! by Alsibar




O último acontecimento em Suzano, São Paulo  envolvendo dois rapazes que invadiram uma escola pública e mataram vários jovens estudantes inocentes, demonstra o que uma personalidade perversa, desumana e iludida é capaz de fazer.  A julgar pelas roupas usadas, modus operandi    e o que as investigações apontam , eles fizeram na vida real o que milhares de jovens fazem no mundo virtual : jogar um game em que se pode matar quantas pessoas quiser sem temer as consequências pois é tudo virtual- não tem vidas ali- só dados. Caso alguém “morra”  ou mate no jogo, basta reiniciá-lo quantas vezes quiser e continuar brincando como se nada tivesse acontecido. Isso no mundo virtual, no mundo real não é bem assim.

No chamado mundo real, em oposição ao mundo virtual dos vídeos games, alguém pode até querer agir como um personagem de um jogo mas, ao contrário do primeiro, as consequências desse lado de cá podem ser muito drásticas. Matar pessoas inocentes com plena consciência do que se está fazendo achando que depois basta se matar porque aí “saem” do corpo – e do jogo- sem consequência nenhuma, é uma grade ilusão. Nesse jogo da vida, tudo o que fazemos, sentimos e pensamos tem consequências e reflexos tanto para esta vida quanto para outras.

Talvez, os protagonistas covardes dessa tragédia insana, tenham pensado algo como: “a gente mata e fere quantas pessoas quisermos e depois, basta a gente se matar e eles não têm como nos pegar pois aí o jogo já terá terminado para nós”. Um enorme erro de estratégia. O paralelismo, nesse caso , é impossível. Quem fez o jogo do Universo- Deus- não foi um ser humano bobo, limitado e arrogante. Estamos falando de uma Sabedoria e Inteligência Infinitas que criou zilhões de Universos com uma complexidade impossível de ser entendida pela pobre mente  humana. Há várias diferenças entre um jogo virtual e o jogo da vida, mas a principal é : NINGUÉM sai deste último a bel prazer. No máximo, você consegue sair daquele nível do jogo, daquela etapa, daquele “espaço-tempo”. Depois, o jogo recomeça. Os personagens podem, inclusive, retornar ao mesmo espaço-tempo, ou em uma cópia muito parecida ou exatamente igual à anterior- com todos seus detalhes e elementos característicos.

Para ficar bem claro: todo mundo que “morre” pode voltar a essa mesma vida logo depois de sua morte. Pode voltar para uma cópia da mesma dimensão mas em algum tempo no passado ou no futuro . Ou, ainda,   para uma cópia dimensional dessa mesma vida, mas trazendo consigo o peso do próprio carma da encarnação anterior. Nesse caso, a pessoa voltaria EXATAMENTE ao mesmo ponto em que a vida anterior teria começado- com os mesmos pais e vivendo as mesmas experiências de infância etc- mas com um rumo imprevisível, tendo em vista o carma acumulado . Em outras palavras, a vida recomeçaria como um vídeo game. Mas ela tomaria um rumo diferente,  uma vez que o carma molda e influencia a vida de todas as pessoas.

O que estou dizendo não é novidade . É simplesmente a Lei de Causa e Efeito, o tal “colher aquilo que planta” ensinado há milênios por todas as grandes religiões. Eu apenas acrescentei alguns detalhes a partir do que pesquisei e intuí. A vida é eterna. Deus é infinito e infinitas são suas possibilidades. A própria ciência já está apontando para a existência dos multi-universos ou universos paralelos. Ora, por que existiria só um ou dois ou sete dimensões? E por que esses universos teriam que ser necessariamente progressivos e lineares no tempo?

Estamos vivendo em um espaço-tempo específico para aprendermos lições, evoluírmos e crescermos como seres de luz,  primeiramente como consciências individualizadas, separadas da Consciência Suprema Universal. Estaremos nesse processo até aprendermos  que somos parte do Grande Uno e que não há separação entre nós e o universo. Todos compartilham de uma mesma Luz e Realidade.Tudo está conectado. O mal ou o bem que se faz pensando atingir os outros, retorna para o seu autor como  inevitável eco.

Independente da minha teoria  ser verdadeira ou não- o fato é que essa nossa vida representa apenas uma das etapas desse complexo e infinito game chamado vida. Não é fácil sair dele. O personagem que acha que pra sair dessa “realidade virtual” do viver, bastaria destruir o corpo,  logo, logo descobrirá que o Programador Supremo não lhe deixou essa possibilidade. Destruir o corpo é apenas uma forma de acabar com a consciência que percebe e interage com aquela etapa de um jogo sem fim. O suicida pode até destruir o veículo , mas não a alma que é quem o dirige e anima. A consciência individual retornará para essa dimensão ou outra qualquer. Bom ou ruim, cada um sofre as consequências de suas atitudes. É uma Lei. Não há como escapar . Aqueles que se libertaram, afirmaram que apenas o egocídio- a morte do ego como poder central- pode libertar o homem da prisão das reencarnações dimensionais .

Egocídio é outro nome para Iluminação ou Despertar. Não é que quem "desperte" esteja automaticamente livre das reencarnações, mas essa é a única possibilidade de libertação. Matar o corpo, ao contrário do que alguns pensam, não livra ninguém  de jogar o  jogo da vida-que é compulsório. Pelo contrário, torna a prisão do samsara* cada vez mais poderosa e a situação do preso cada vez mais difícil e dolorosa. Como disse Jesus: “e não sairá de lá até pagar o último centil. Aí haverá choro e ranger de dentes !(...) Pois a cada um será dado conforme suas obras!”

Alsibar  Fev-2019

*Sansara: roda das reencarnações

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